quinta-feira, 19 de setembro de 2013






                 Dias de Colapso
              
           Estamos em dias de revolta, em tempos de colapso. 
         ANARQUIA ! Gritou o Acclamatur em 1986 quando crucificou o demônio numa cruz invertida e que por isso não era uma cruz cristã e isso não foi muito percebido na época. Alguns ficaram auterados por termos crucificado o "mestre".         
        Chega de líderes e seguidores, chega de ídolos e seguidores, chega de santos e seguidores. É hora de revolução, é hora de entendermos ética, de respeitar quem esteja ou não no mesmo patamar que estamos, respeitar os amigos e admirar suas bandas, sua arte. É hora de deixarmos de importar ídolos. É hora de irmos aos shows com todo orgulho pra ver a banda local. É hora de seguirmos a nós mesmos.            
       Nas mídias e no congresso, os cristãos evangélicos  estão começando uma guerra santa, perseguindo, criando notícias fakes. Sexualidade, opção filosófica, culturas diferentes. Tudo é alvo desse fanatismo que anda de mãos dadas com a ignorância. Esses são sinais,  o maior reflexo para onde estamos nos dirigindo. Para o colapso da tolerância, para a matança real da falta de liberdade. 
         Sejamos duros: nós a muito tempo crucificamos o demônio que existe dentro de nós numa cruz invertida  e estamos procurando culpados. 
                                                                           Sigam a vocês mesmos !

                                          
                    








                                                            
BRUTAL EXUBERÂNCIA – TEMPO PERDIDO

              Se esses índios caboclos, como eles mesmos se auto denominam, resolvessem pintar a cara e partir para a guerra, tenham certeza que não seria uma guerra limpa. Seria uma guerra de muita tocaia, armadilhas mortais e armas devastadoras, pois o Thrash Metal que essa tribo amazonense, criada em 2004, executa é realmente de uma brutal exuberância. Brutal pela violência constante dos seus instrumentos e exuberância na intensidade agressiva sentida em cada linha.
                Por sinal as letras são um momento à parte. Felizmente cantadas em português ( com exceção da “longa” –menos de 30 segundos- Alcoholic Domination”), o vocal de  Naldão Souza (também guitarrista) é muito bem encaixado e não deixa a nossa língua estranha para o Metal. As “poesias” da banda são muito interessantes , sem ser metidas a intelectualóides, exprime a linguagem das ruas, com palavras como "porra louca", "beber-chapar", "tira-gosto", a fudida Zona Leste Town, que exprime o cotidiano de um bairro de Manaus, temas que falam da exploração da Amazônia como Tempo Perdido, Recheados também de uma pegada hardcore como Metal Essa É Minha Vida e dá já citada Zona Leste Town e principalmente a Morro de Fome Mas Não Trabalho.
              Complementa essa obra de 2013 a tribo os guerreiros Afrânio Pires – baixão, Sandinho Costa- tambores e Evaldo Costa – guitarra. A Brutal Exuberância mostra que não existe segredo, nem limite geográfico para fazer um banda ser forte, brutal, profissional e competente, quando o sentimento é de total paixão pelo Metal. E isso essa tribo nos passa perfeitamente nesse trabalho.Que venham os tacapes e bordunas, nós temos as guitarras !

                                                             G. Burkhardt



CHAOS SYNOPSIS -  ART OF KILLING

          Formada em 2005 em são José dos campos - SP, o Chaos Synopsis vem se destacando no cenário nacional e internacional, inclusive já tendo feito uma turnê pela Polônia, conquistando as falanges tanto Thrash quanto Death, com seu som moderno, nervoso e  empolgante.
       Esse segundo trabalho lançado em 2013 gira em torno da temática dos serial killers como a músicas Vampire of Hanover que fala do alemão Friedrich Heinrich Karl “Fritz” Haarmann que matou quase 30 meninos comendo a pele deles, Zodiac, serial killer que já foi tema de filme de mesmo nome .
             E a sensação que passa a parte instrumental complementadas com as letras é de morte e muita raiva transmitida “irresposavelmente” por Jairo (vocal/baixo) , Friggi Madbeats (bateria), JP e Marloni (guitarras).
         A verdade é que não existe um grande destaque no disco, porque simplesmente o disco todo é coeso e muito bem construído, mas particulamente fiquei empolgado com Son Of Light, principalmente pelas partes cantadas em português que fala do serial killer brasileiro Febrônio Ferreira de Mattos (o Filho da Luz, como ele mesmo se intitulava) e matava e tatuava as letras DCVXVI nas vítimas. Segundo ele, a mando de uma visão que teve num sonho. Loucuras doentias à parte, o Chãos Synopses não se acomoda no obvio e trás arranjos surpreendente a todo momento em meio à violência que naturalmente a temática exige. Vide uma surpreendente slide guitar  totalmente blues em meio a porradaria na faixa B.T.K. (Bind,Torture,Kill), totalmente empolgante.
       A produção foi feita pelo Vagner Alba junto com o batera Friggi Madbeats e masterizado por Andy Classen, na Alemanha, que já trabalhou com Krisiun, Rebaelliun, Suidakra, Graveworm, Dew Scented, Legion Of The Damned, Rotting Christ,E arte muito caprichada de  Rafael Tavares.
        A arte de Assassinar a mediocridade que muitas vezes se insere no meio metálico sem sombra de dúvida ronda esse disco.

                                                            Guga Burkhardt



GAMMOTH - CARO DATAS VERMIBUS

       Banda de Death Metal do Leme-SP e mais uma que por vários motivos, opinou por lançar esse cd apenas de forma virtual.
       O trabalho contém de 05 faixas, na verdade música no conceito da palavra apenas três, pois Malária é uma intro de ruídos e Dengue é uma experiência sonora do guitarrista Thales C. Carvalho de quatro minutos e meio. A segunda faixa Caro Data Vermibus é na mais tradicional escola Death . Já Crumbled Existence se afirma como uma grande faixa com velocidade comedida e se afirma na densidade e clima quase épico (fuderosa)
       A quinta é um bônus, já que Possible-Improbable tinha sido lançada em 2007 como clipe oficial da banda. Ao baixar o arquivo o cd vem com capinha, selo, encarte  numa arte legal feita pelo artista gráfico Carlinhos Eigenheer. Vale a pena conhecer a banda, imprimir o material, fazer o seu cd e divulgar a banda para que venha shows para o Gammoth.  Endereço do link: http://www.portaldoinferno.com.br/gammoth. Vem com a arte completa, inclusive o selo do cd para quem quiser ter o físico.

                                                                             G. Burkhardt



THE AX – POSTCARD FROM HELL


Avalanche !!! É essa a sensação no primeiro segundo do disco Postcard From Hell do The Ax (2010), um ícone do Thrash Pernambucano, que foi recentemente relançado de forma independente. A formação na época contava com Whashington nas guitarras e Vocal, Ricardo na bateria e Hermirio no baixo. Gravado no Papine Studio- Bultrins – Olinda em 2006 – Uma produção bem crua mas que não tirou a agressividade da banda e  arte de capa de Alcides Burn.
A obra começa com a bateria fudedora de Ricardo num Thrash de responsa na música All Tolerance que é “estranhamente” instrumental, apesar de ter letra no encarte.
E segue com Cross out of Book sem perder a fúria necessária para o estilo. Estigma(Generation) ganha uma cadencia meio punk. Um cover de In The Name of Tragedy do Motorhead, onde o vocal “rouqueado” de Washington, que em todo o disco é mais gritado, ficou muito bom. Mais uma sem vocal,  Intrumental To Grave Diggers, Meannes com muito  groover, News que inicia com um clima de 70, denso e que lentamente nos leva à imagens do submundo, You Head a Life não é tão convidativa, principalmente por antecipar The Crematorium Waits For Us, uma faixa digna de encerrar um cd, criada naqueles momentos de fuderosa inspiração e que vira hino da banda e ela nos conta, nas suas entrelinhas, uma história de batalha, de resistência de uma banda que surgiu em tempos duros, onde fazer esse tipo de som, era ser drogado e marginal.
                    E era preciso atitude para cortar o preconceito com a fúria de um Machado.E por isso o Acclamatur respeita tanto essa banda !

                                                             G. Burkhardt



 PSYCHOTIC EYES - I ONLY SMILE BEHIND THE MASK [2011]

O que Dimitri Brandi (vocal/guitarra), Alexandre Tamarossi (bateria) e Rodrigo Nunes (ex- Drowned e Eminence) fazem nesse trabalho é algo fora do normal em termos de criatividade e diversidade,  por isso taxar o grupo como Death Metal, como alguns os rotulam ,é cair num erro fatal. Principalmente pra banda. Primeiro porque as músicas se desenvolvem num caldeirão de influências como Thrash, jazz, Death, vocal rasgado mais pra Black Metal e tantos temperos mais. Isso tira O Psychotic Eyes da zona de conforto e o coloca diante de bandas que não tem medo de experimentar (sem viagens auto indugentes) e traz um trabalho instigante e coeso. Bateria que não para, sem prender-se a velocidade, baixão que ocupa e se impõe durante todas as músicas e guitarras inspiradoras.
                    “Throwing Into Chaos” inicia o cd com força, peso e muita empolgação, continuando o pique vem “Welcome Fatality”e quem ouvir vai enteder o que se falou acima sobre a bateria criativa de Alexandre,  destacando também o vocal de Dimitri. “Dying Grief”com uma melodia belíssima, mostrando que para se colocar notas harmonicamente nos momentos certos não é preciso sacrificar o peso e garra em prol da frescura e viadagem como algumas bandas fazem no que se convencionou chamar de metal melódico. A música título começa com um dedilhado e vocal rasgado e cozinha marcante(mais um arranjo fudido de bateria) e termina na calmaria de um bonito dedilhado. “The Humachine” tem uma veia progressiva pela variação de ritmos e climas, mas como é característica da banda, o peso fala mais forte.“The Girl” é inspirada em Geni e o Zeppelin de Chico Buarque, mas com uma letra desconstrutiva e por isso a música segue esse labirinto, onde a banda passeia por todos os limites musicais que o Metal mais extremo permite.
                O cd foi mixado e masterizado pelo renomado produtor canadense Jean François Dagenais, também guitarrista do Kataklysm.
                     O único ponto negativo desse cd é o fato dele só ter sido lançado virtualmente e como sou old school, o orgânico, o tátil ainda faz parte da minha cultura. Por isso ao baixar esse cd e como tantos outros que baixo e gosto, tentei correr atrás dessa obra física, mas infelizmente ela só está no mundo virtual ou espiritual (para mim parece a mesma coisa). Fodástico trabalho !

                                                       G. Burkhardt







              Hoje, mais do que nunca, a velocidade do mundo e a diversidade que ele nos cobra, faz com que, mesmo sabendo que  a especialização numa determinada área seja fator de "vantagem" nesse canibalismo selvagem em que vivemos, algumas pessoas opinam por atuar em diversas áreas, com o pernambucano Alcides Burn mesmo que  essas atividades estejam ligados a uma única filosofia de vida: Heavy Metal. Artista gráfico, vocalista, produtor, o cara tem se destacado por imprimir personalidade nas suas artes, apoio à cena e principalmente respeito ao público e bandas , quando o negócio é produção. Numa rápida conversa vamos conhecer e entender de uma vez por todas que "santo de casa faz milagre".



Você tem crescido muito com trabalhos de artes para as bandas de Metal no Brasil e no exterior. Em termos de artes visuais como você se desenvolveu, que escolas ou cursos você frequentou ?

      Fala Guga, agradeço o espaço aqui para falar um pouco do meu trabalho.
A Escola da vida man, desde pequeno gostei de desenhar, vivia riscando tudo, parede, cadernos, tudo, para não dizer que fiz curso algum fiz um curso de Windows básico hehehe, mas o resto foi na tora mesmo, catucanto e estudando os programas, a minha escola mais de coisas mais clean eu aprendi em agência de publicidades que trabalhei, aprendi muito com vários diretores de arte.

Você pinta ou desenha à mão ou só virtualmente?

     Sim, desenho pouco hoje, mas antigamente desenhava mais, depois que comecei a mexer no Photoshop e vê as possibilidades de coisas que podia fazer nele deixei um pouco o lápis de lado, mas agora voltei aos poucos, inclusive os trabalhos mais recentes que fiz a mão foram 2 LOGOS de bandas, Aracnus e Krueger.

Como ilustrador com que programas você desenvolve sua arte?

    Basicamente uso o pacote Adobe, Illustrator pra vetorizar algo e criar uma logo, Photoshop para criar a arte em si, toda manipulação, texturas, efeitos, tudo nele e o Indesign no final para diagramar as páginas do encarte e finalizar os arquivos. É basicamente isso.

Tem algum artista que você se sente influenciado ou admira ?

     Sim, claro, ultimamente as capas que mais admiro são as do Seth, vocalista do Septic Flesh as artes dele são animais e obscuras. Também curto muito Travis Smith, Niklas Sudin que é guitarrista do Dark Tranquility, Raymond Swanland e aqui no Brasil curto os trabalhos do Marcelo Vasco e Gustavo Sazes.

Qual foi seu primeiro trabalho como capista e para que banda você criou?

     
 Oficialmente foi The Last Prayer do Decomposed God, mas antes ja havia feito a capa da demo do Infested Blood.

Geralmente você já tem a arte pronta ou trabalha em cima dos temas propostos pelos músicos?


      As vezes a banda me pede pra criar, eu fico livre, geralmente me inspiro no título ou em alguma música. Outras vezes a banda ja vem com a ideia pronta, eu só aplico minha visão em cima da arte.

      Sempre achei o seu trabalho de arte no primeiro cd do Decomposed God de Recife  simples e muito legal e muito foderoso o da capa do Sanctifier de Natal, que foi um dos seus últimos trabalhos. Notando-se uma clara evolução nos seus trabalhos. E sei que está última e também a do Pandemmy rolou uma parceria artística. Nos fale sobre isso.

    A do Sanctifier também rolou uma parceria, a do último CD, algumas partes da capa foi criada pela artista Theresa Dallas, Quanto ao Pandemmy o Emerson fez um desenho e eu só fiz criar um background e pintar a criatura e desenvolver o resto do encarte. Acho legal essas parcerias.

   Também você tem crescido bastante na produção de shows, não só trazendo bandas nacionais e internacionais para Recife, mas também produzindo shows em Salvador, Fortaleza. Conhecendo bem a realidade de produzir em capitais diferentes, o que você acha que faz o sucesso de um evento como esse e o que prejudica?

     Na verdade eu vou da um tempo de tirar dinheiro do bolso para produzir, por enquanto estou só trabalhando com João da Blackout (n.e. Recife) nas produções dele como sempre fiz. Infelizmente gastei muito dinheiro e o retorno foi mínimo, mas não estamos aqui pra se lamentar, não deu certo, não deu. Quanto a fazer shows nas outras cidades está sendo ótimo, estamos crescendo profissionalmente, aprendendo muito.
Alcides Burn como frontman do
 Inner Demons Rise

Hoje já não se faz mais divulgação de shows com panfletagem, ou cartazes ? Não acha que só divulgando eventos em redes sociais como estão fazendo hoje em dia, queira ou não queira limita o alcance, já que tem muito “garoto” por aí que nem sempre está na nossa rede de relacionamento, ou até se perde um público novo e curioso pra conhecer as bandas?
  
     Em todos os shows eu coloco cartazes nas lojas, e em alguns eu faço panfleto, lógico que não devemos nos limitar a facebook, a maioria dos que estão lá só ficam na frente dele mesmo e num vai pra shows, hehehe

E quanto a sua atuação em bandas como a Inner Demons Rise, quais os planos atualmente como vocalista ?

    No momento estamos parados, e eu sem tempo pra me dedicar, temos umas porrada de musicas novas mas no momento não tenho como voltar, eu amo essa banda, um dia agente vai gravar o tão esperado CD.

Grato pela atenção e se quiser deixar uma mensagem aos leitores fique à vontade.

     Agradecer a todos que de alguma forma me apoiam, continuem visitando minha página e vendo minhas criações: 

Mais uma vez valeu pelo espaço Guga!

Valeu a sua presença, para reforçarmos que união e respeito é o que faz a cena !

www.theburnart.blogspot.com.br.





















NUCLËAR FRÖST – NUCLEAR WINTER GLOOM

            O Nuclear Frost poderia perfeitamente estar no Pandemonium, mas as raízes criadoras desta banda de São Paulo a “condenaram” a estar nesse espaço, pois foram inspirados principalmente pelo HardCore de 80 da Suécia, na linha de Anti-Cimex, Svart Parad, Crude SS que a banda foi pensada. E não poderia deixar de ter pitadas de Celtic Frost e Voivod para ter um tempero crossover que descambou num fudido Crust. 
                  2006 foi o ano de começo dessa banda, Já tendo lançado duas demos e dois splits, em 2010 finalmente lançaram um cd completo.A receita é a mesma para o estilo: doses cavalares de sujeira, um vocal animalesco proferido por Gaby Crust Force, (única mulher na banda) e pressa, muita pressa em cerca de 21 minutos de muita guerra, tema marcante na parte lírica da banda Depois desse massacre ainda lançaram mais dois splits.

                        

                        É aquela história, se você quiser um som “bem feitinho”, escute o puro Metal Tradicional, agora se o seu negócio também é uma ignorante crueza misturada a podridão, seu som é esse!

                                                                  G. Burkhardt



LAS CALLES - BATALHA APÓS BATALHA


            
           Se todas as bandas que cantassem na nossa língua tivessem um poeta do cotidiano como Marcelo Fernandes e não cuspissem aquelas letras panfletarias e metidas a intelectualoides, pensando que os ouvintes não saíram da adolescência, o Hardcore e Metal seriam com certeza mais respeitados. A banda existe desde 2012 e agora lançou esse EP.
          Como uma das características dessa coluna é colocar bandas de teor punk/Hardcore/Noise, principalmente aquelas que têm um temperozinho de Metal na sua construção, não importando essa apurrinhação de rótulos, o Las Calles cae como uma luva nesse espaço.
          Sem dúvida letras e estilo vocal é voltado para o HC, agora alguns riffs são muito Metal, como na música título que tem riffs quase Metal Tradicional. 

               Mas a verdade é que o Las Calles se destaca pela qualidade de composição e nada é desleixado ou gratuitamente simples para forçar a veia punk. São idéias consistentes para mensagens consistentes e as quatro músicas do ep são simplesmente foda !
             Compõem a banda Marcelo Fernandes- vocal, Ricardo Mattos – Guitarra, Marcelo Beni – Baixo e Thiago Lagarto - Bateria

           Já está disponível pra download com o material gráfico muito bom e completo: Capa, Contracapa, Label e Encarte.



Link para Download:
http://www.4shared.com/rar/fwhN_eiB/Las_Calles_-_Batalha_Aps_Batal.html


                                                          G.Burkhardt


                                                           












Nessa seção é apresentado e discutido elementos estéticos musicais e de conteúdo que se aproxima da filosofia de liberdade e anarquia. Portanto os vídeos aqui inseridos não seguem propriamente uma lógica cronológica de lançamento, nem estará preso somente a questões estéticas musicais.

IMAGO MORTIS - SANGUE E DOR


                   Esse vídeo foi editado e produzido pelo vocalista do Imago Mortis, Alex Voorhees e amigos, tendo como trilha a música Sangue e Dor, com sua letra pesada, aumentando ainda mais a dramaticidade do vídeo.
                    As cenas das manifestações que estão acontecendo por todo o Brasil  e cenas do documentário Zeitgeist refletem o momento delicado que nosso país passa  (na verdade o mundo), onde mais do que nunca devemos refletir de que forma nossa "liberdade" está sendo manipulada. Num momento onde ao mesmo tempo que devemos nos unir, devemos refletir e ser autocríticos e pensar se não é o momento de caminharmos "sozinhos". O original é colorido, mas como não existe cor, a não ser o preto e branco, no mundo do Acclamatur...
               Aproveitem a trilha sonora para ler a sessão Contos Mórbidos que fala sobra o Imago Mortis.


                           https://www.youtube.com/watch?v=Co9BRx6wKDY






                    Na nova babilônia, aos pés de um gigante ícone de pedra, plantado de braços abertos, para inutilmente proteger um povo da Morte, no ano de 1995, sob o símbolo de Plutão, o senhor do esquecimento, a gélida Imagem da Morte sobrevoou a cidade, lançando seu canto como um Réquiem para os mortos, preparando com cinco lamentos o que viria a ser seu nascimento para a morte. Viveu entre os escombros da filosofia durante 03 anos, até que firmou sua sombra em 1988 com o lançamento de “Imagens to The Shadows Gallery”, onde uma galeria de sons inusitados, letras introspectivas e uma contraditória energia vital mostrou o quanto a Morte pode estar tão viva. Causando surpresa como no inusitado canto de “Deus lhe Pague”, um complexo e inesperado arranjo para uma canção de décadas passadas, mostrando como poderia dar vida ao que já parecia estar morto.  
           No ano de 2002, na sua busca filosófica sobre os devaneios da vida, em contato com doentes terminais, para aprofundar a pesquisa para o próximo trabalho, “VIDA, The Play Of Change", correram rumores que os filósofos pareciam ter se contaminado com uma energia também terminal e na produção do trabalho enfrentaram a lâmina do ceifador que levou a alma de parentes durante a gravação do terceiro suspiro de vida.

           Nesse terceiro trabalho, contando com a demo, exercia uma força que só as tríades da mitologia poderiam firmar. O grupo se consolidou como um dos fortes da cena da melancolia. Vida trouxe também novo seres para compor a mesa dos filósofos, Alex Voorhees, orador, que já havia participado da obra anterior e substituiu definitivamente, Fernando Sierpe que era o orador oficial, se firmado como membro e André Delacroix nas percussões complementados por Fabrício Lopes, nas seis cordas, Fábio Barreto, nas quatro cordas e Alex Guimarães, nos teclados.
                Mas o nascimento e morte dos personagens que compõe esse drama em forma de música chamado Imago Mortis, sempre foi uma constante e mais uma vez alguns fluidos humanos se dissiparam e foram substituídos por outros, mas em 2006 a personalidade da obra já estava sólida e consolidada e de forma TRANSCEDENTAL, Voorhees e Delacroix fortaleceram a obra injetando mais peso na Morte, com uma proposta moderna e não menos dramática.
                    
               A transcendência mais uma vez trouxe e recuperou a banda de Morrer de Vida. Uma energia que se baseou em uma imagem ainda incompreendida de um imaginado vulto nas sombras com uma lâmina na mão, insensível, uma face grotesca, um espelho da linha final da nossa vida, uma Imagem da Morte, porém cercada de beleza, da certeza de que na galeria de sombras, a Vida, na forma transcendental vale a pena ser vivida.

            E em pleno ano de 2013 uma nova epopeia paira no ar. Uma droga, uma experiência química? Se na década de 60 o LSD velejava os mortais para zonas incompreendidas, o que agora, em meio a tantos distúrbios sociais, matanças, genocídios no oriente usando a mesma química, esse tema inserido na nova obra nos trará? Vamos esperar e dormir orando para que nossos sonhos não sejam gélidas imagens da morte.

                         

                                                                     G. Burkhardt


ACCLAMATUR é : Guga Burkhardt & Nina Burkhardt
Diagramação e Ilustração das capas, colunas Videre, União e Contos Mórbidos: Guga Burkhardt
Agradecemos à todas as pessoas que estão conosco todos esses anos, não é preciso citar nomes, elas presentem quem são.
Bandas nos procurem!!!!!!
      
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