sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

HELL POISON            PRIMITIVE          TEMPESTILENCE              ATOMIC BOMB    

  GLADIATOR OF DEATH        EVRAH        DESDOMINUS       INFECTOS      
      
HELLLIGHT         OUTLANDERS       DARKSYDE                  SHITFUN 

 RECOVA        TUMULO       EDI           CATASTROPHIC ANTIMUSICAL



NÓS SOMOS UNDERGROUNDS !

Mas não somos pobrinhos. Arte underground não é sinônimo de coisa mal feita, é suja mas jamais anti-higiênica. É subterrânea por funcionar e atuar as margens do sistema. É contracultura e por isso mesmo mais sábia e inteligente que essa cultura massificada da superfície. Somos arte subterrânea, mas nossos tuneis devem ser ornados de respeito e inteligência suficientes para fazermos a coisa bem-feita. Só assim seremos respeitados e traremos mais gente para nossas trincheiras! 

G. Burkhardt


        








HELLLIGHT – JORNEY THROUGH THE ENDLESS STORMS - SP

       Às vezes me pergunto, o que faz o homem achar belo uma música que o carrega de forma tão brutal para os abismos da tristeza e melancolia? A resposta deve ser essa: poesia! Pura poesia, mesmo lúgubre, mas de uma beleza que descortina a alma deixando-a um pouco nua, com aquela necessidade que temos de desabafar, chorar, como forma de alívio, mesmo não sabendo de que. Sim precisamos da Luz do Inferno, dessa sinfonia para nos guiar. É simples assim. É assim que eu defino todos os trabalhos dessa banda maravilhosa, que junto com o Mithological Cold Tower e Imago Mortis, talvez seja a tríade do Doom Metal brasileiro.  São 08 faixas, na maioria com 9, 10, 12 minutos nos conduzindo de forma magistral para imagens quase cinematográficas. Destaques? Todas. Vocais hora limpos hora guturais de Fabio de Paula que também foi o produtor e que ainda tem o dom de criar solos ultra melódicos e ao mesmo tempo com muito felling, algo próximo dos solos chorados de David Gilmor. Como é características de um bom Funeral Doom, as músicas são longas, 12, 10 minutos na sua maioria.  Exemplos do poder emocional da banda é o inicio de Dive in The Dark,  Distance Light That Fades talvez seja a mais lentona e Time carrega um piano ao fundo com momentos, mesmo arrastados, onde a bateria manda ver nos dois bumbos. O disco encerra de forma belíssima com os teclados de Rafael Sade, na “curtíssima” (3’26 min.) End Of Pain. Quase choro, quando terminou o último acorde!
                 
                                                                    G. Burkhardt




HELL POISON / PRIMITIVE – VENENO PRIMITIVO – SPLIT

        Lançamento da Profanarium Records e Deathreign Records que vem contribuindo muito para propagar o nosso underground e dos nosso Hermanos da América do Sul. Mais uma capa com arte inspiradíssima de Emerson Maia, formato envelope/pôster com todas as letras e numerado à mão. O formato Split é um bom momento de matar duas cobras e mostar apenas um pau, e no caso, essas duas cobras são com certeza filhas daquela serpente do edem, maldosas na sua essência, mas detentor de proclamar ideias de liberdade. Já isso vale muito a pena perder o paraíso e ver a vida como ela é, o real, Speed Metal como se fazia em 80. O HellPoison do Piauí, com aquela guitarra meia chocha, mas numa correria desenfreada, onde visualizamos imagens do nossos séculos  falidos, tem um quê do velho Dorsal que eu respeitava, no jeito de Ramon Deathhammer vociferar. Muito foda. Diabolical Force, LeatherandChains e Elm Street Nightmare seguem a cartilha atual de que menos é mais. A faixa 04 começa com o Primitive, mas uma banda do incansável NattensOldskull. É foda o dom desse cara de fazer coisas tão simples e empolgantes, e melhor: no bom e velho português. Idioma que felizmente, está sendo cada vez mais adotado pelas bandas mais podreiras. Furia Maldita, Ódio eterno e O Martelo das Bruxas estão lá, encravadas nesse trabalho feito por duas mãos hábeis, uma do escaldante clima piauiense e a outra do sufocante ar poluído de São Paulo, mas que parecem saídas do mesmo inferno, da mesma farra de bebedeiras ao lado de satan! Hail !!!!
G. Burkhardt




TEMPESTILENCE – SUPREME DENIEL OF GOD- SP

        Eu gostaria de falar agora da maldade humana. Do poder de três criaturas de uma forma tão natural, transmitir essa maldade. Assusta e ao mesmo tempo percebemos o quão perto dela estamos e como podemos concebê-la no seu estado mais “puro’ apenas no intuito de compor música. O Tempestilence conseguiu esse feito de uma forma tão simples e direta com apenas três arautos e mais uma intro que dá nome a demo. Aquele Death Metal escuro veloz como em Maligna e lentão e opressor na música Renaissance in Putrescence, triturador e mais negro ainda como em Grinding Heart. Energia bruta, ira escondida que aflora sem que percebamos, naqueles momentos que a adrenalina vai a mil. Death Metal, meu amigo, como deve ser! Toscão, produção mediana, talvez por isso mesmo a áurea de escuridão se acentue.
         Os arautos dessa demo são: Fabio Lupus- Guitarra e Vocal, Francisco Souza – Baixo e Cleirton Ceara- tambores.

                                                      G. Burkhardt




ATOMIC BOMB – METAL SELVAGEM- RJ


      O título entrega o clima oitentista da banda, aquela sujeira motörhediana tendência atual, principalmente no Brasil e ainda mais no Rio de Janeiro, onde essa tendência é quase uma febre. Então não tem o que dá errado. Umas passagens bem Thrash como em Speed Metal 666, O Dia da Aniquilação, Livre para Pensar e outras com uma pegada punk como na fudidissima (principalmente o refrão) Jonestown. Letra muito bem feita sobre o assassino em massa, o pastor da morte, Jim Jones que fez quase 1000 pessoas se suicidarem na Guiana francesa. Tema também abordado pelo Manowar em Gayna no Sign of The Hammer. O Power Trio é Marcos Calafaias- Baixo, Rafael Torres – Bateria e Renam Carvalho – Voz e Guitarras. Desenho de capa de Ricardo Chagas e encarte com as letras.Todas as faixas são em português com letras bem sacadas e vocal sujo e nítido, provando mais uma vez que devemos adotar nosso idioma e que se fodam os gringos, vão estudar as línguas do 3º mundo, porra !!!
                                                                          G. Burkhardt





TUMULO – DEATH BY THE HAMMER - SP

          Esse Nattens Oldskull é um alucinado mesmo! Só nesse espaço do blog, é a terceira banda que resenho que tem as mãos dele e todas com a sua particularidade sem ter muitas similidades no som. Apenas percebe-se uma leve assinatura da sua personalidade sem transformar as bandas numa repetição e cópias delas mesmas. Aqui o Tumulo vai no caminho escancarado de ser quase um Hellhammer/ Celtic. Da introdutória e instrumental The Embrace of Lucifer’s Wings totalmente Hellhammer, passando pela pegada Tom Warrior na Death by The Hammer, na rápida e empolgante Morbid Rites e nos Huus ! de Eternal Frost, tudo soa exatamente como o mestre e não estranhem porque de forma surpreendente tem um cover, vocês imaginam de quem? Celtic Frost, Morbid Tales. Esse Nattens é um alucinado mesmo! Foda !Huuu !

                                                                      G. Burkhardt





EVRAH – ÓDIO E TERROR – DEMO - PE


         Horda formada em 2000, voltaram à guerra na melhor tradição do Black Metal de Hellcife, os caras bateram a poeira e das catacumbas do passado exumaram 04 desesperados hinos originariamente gravados numa tape em 2002e regravaram em agosto de 2015 no Darkside Studio, já que a precariedade que captaram os sons na época não condizia com a força da banda. Acho , porém que em alguns momentos ainda não tenham alcançado a qualidade sonora adequada para o carrego natural do estilo e a qualidade sonora da banda. Mas o cd começa muito bem com The All Idiotic Religions, seguida pela quase inteira cadenciada,Dawn All Idiotice. Dominu Satani sem dúvida é a mais empolgante e caótica e encerrando com The Face of Satan. Vocal por Lord Abaddom, guitarra por kronos, baixo por Demoniac e batera por odium. Capa formato envelope e cd com rótulo. Que venha o trabalho oficial, que eu sei a horda está confabulando pelos becos do Hellcife antigo.

                                                                            G. Burkhardt





DESDOMINUS – UNCREATION –SP

       A brutalidade finalmente chegou em minhas mãos, a sensação foi a mesma de quando recebi Devasting Millenary Lies, o trabalho anterior dessa banda, que digo e repito sempre: é uma das melhores bandas brasileiras. Seu Death/Black é de uma beleza, variedade e agressividade difícil de se encontrar. A sonoridade, o estilo de compor e o clima continua o mesmo, até porque a formação permanece a mesma do trabalho anterior, com Paolo Bruno no vocal e guitarra, Willian Gonsalves nos vocais limpos e também guitarras, Rafael Faria no baixo e Ney Paulino na batera. Vale destacar também a belíssima capa feita mais uma vez pelo artista Paolo Bruno. Como já é tradição, eles sempre gravam algo em português e a faixa que abre o cd é Certo e Convicto, de arrepiar. Seguem na mesma pegada com Erase The God Within com belíssimos trampos de guitarras e a música que tem toda razão para nomear o cd, Uncreation é muito foda com uma pegada da bateria empolgante e uma grande melodia no meio da faixa, com guitarras dobradas no melhor estilo do Metal tradicional. Depois Sacred Scrolls of Holy Lies entra tranquila, quase acústica, para depois as guitarras continuarem a dar uma aula de bom gosto. Cathedra é um pouco mais direta seguida de uma pequena incursão acústica instrumental em Introspection. Um inicio com clima meio gótico permeia Inner Elevation, outro grande momento do disco, com um baixo majestoso preparando a maldade consciente do Desdominus em criar climas etéreos no meio do caos, o que acontece no meio da música, com um momento mais introspectivo para depois voltar a porradaria. Waves Collide é mais lenta e também mais góticas com alguns momentos de vocais limpos. Beyond of Allowed é a última pesada já que o cd encerra com Sublimation outra instrumental acústica e bem viajada. Sem dúvida que experimentar o Desdominus  é como uma troca de energia densa sublimada por uma inteligência sombria.
                                                        
                                                                     G. Burkhardt




INFECTOS – MENTE DOENTIA – PE

          Pernambuco é conhecido pela brutalidade de suas bandas e não resta dúvida que após uma Intro cheia de suspense e que nos remete para a capa, um porão enegrecido pela maldade humana , uma avalanche de violência nos pega como uma foiçada nas costas e Feridas Esculpidas cria todo o aparato para respeitarmos essa banda. E o riff inicial de Pela Minha Cartase é viciante e a melodia por traz de toda bagaceira, com a bateria espancada velozmente por Arthur Mendes, para não deixar dúvidas que essa é uma banda de Brutal Death Metal. Segue a pancadaria de Delirio de Negação , Genocídio, 1905 ( uma vinheta curtinha) seguida de  Eu, O Conturbado e por aí vai com mais 04 criações totalmente doentias, onde a letra aparenta um diário de um psicopata, possivelmente o personagem assassino que compõe a capa feita pela guitarrista Luana Rodrigues, que faz jus ao peso acompanhada da outra guitarra de Bruno Rodrigues e baixo com muita presença de Ruan Melo. Pernambuco realmente deve ser conhecido pela brutalidade de suas bandas, porque quando resolvem levar a coisa para a violência, desenterram as lutas e o sofrimentos dos  velhos canaviais.

                                                                              G. Burkhardt




SHITFUN – CATASTROPHIC ANTIMUSICAL / ACADEMIC WORMS – OBLITERATION IMPREGNATES – SPLIT

          Continua a saga das mulheres assassinadas e dessa vez contada ao vivo no show que a Shitfun, de Petrolina –PE,  cometeu em Rio Claro, no Metalpunk Attack 7 durante a turnê que a banda fez em São Paulo em 2014. A gravação tá muito boa, prevalecendo o peso, com tudo bem audível, facilitado pelo fato da banda ter apenas 02 integrantes Glésio na bateria e vocal e Marcos Alexandre na guitarra e vocal. As podreiras ultra rápidas e empolgantes são as singelas, Ana Nascimento, Claudia Leite, Helena Nogueira, Eliane Castro, Cleydiane Newell e Victória Duarte.
Numa linha mais punk, noisecore, O Academic Worms ataca com temas empolgantes como na Isso Não É de Deus e na mais cadenciados e curtos, Morte ao Nazi Facismo. A terceira é a louca Nascer, Crescer e Morrer, cheia de gravações de diálogos, choro de criança, barulho de assassinatos, passando um filme na nossa mente e com uma pegada bem grind. Pra Que racismo 2 é muito foda. E terminando, com uma pegada bem punk Rock, Todo Porre Eu Parei. Com uma formação um pouco diferente hoje, a que gravou esse Split foi Rodrigo “Jacaré” no vocal, Miró na guitarra, Milton no baixo e Sergim na batera.
Duas bandas com estilos diferentes e que seguem a ideologia da anti-música, mas que fazem um som muito foda, independente das regras impostas pelo sistema para definir o que é musica.
G. Burkhardt





OUTLANDERS – KRETACEOUS- SP

         O Outlanders soube construir perfeitamente aquela linha entre a agressividade do Thrash à melodias das boas bandas do NWOBHM, ou seja: melodia pegajosa aliada a agressividade reforçada pelo vocal, muito bom, rasgado na medida certa, de Rafael B. Prado “Noctivago”. Big Flags anda Beer já começa empolgante, com riffs poderosos, bateria marcada por dois bumbos e já definindo o caminho que iria tomar durante toda a obra. A música título, Kretaceous, baixa  muito de Rob Halford no vocal e sem dúvida durante todo o trabalho, a fase Painkiller do Judas “assombra” todas as faixas. A faixa que da nome a banda Já traz um vocal mais na linha do Thrash germânico (vide Kreator) do inicio de 80. E fechando a obra, StormTraitor que retoma de forma mais acentuada o traidor de cristo e que virou sacerdote das hordas metálicas. Judas rules, mas com um detalhe: a banda é muito criativa, com composições fodas, momentos majestosos das guitarras de Diego e Renam, cozinha precisa de Danilo Muller e Diego Barros. Esse é o Heavy metal que me empolga.
                                                                           G. Burkhardt




DARKSYDE – THE APOCALYPSE BELL PART II: LEGACY OF SHADOWS – CE

        A banda tomou para si a fúria necessário para se reconhecer Thrash Metal. O disco anterior já cavalgam para isso , mas no vocal de Alex Eyras faltava a agressividade necessária que Marcelo Falcão, o atual vocalista,  impõe com personalidade, com um vocal forte e agressivo na medida certa. O som da banda, digamos deu uma anobalizada e a banda foi quase totalmente reformulada, ficando apenas o guitarrista Tales Groo (que gravou todas as guitarras) , membro fundador  dessa grande banda que vem no batente desde 1991 e com o passar do tempo vai ficando mais pesada. O disco é recheado de grandes temas, guitarras com solos grandiosos, bateria pesadíssima, algo próximo do que o Kreator anda fazendo hoje em dia (vide a faixa Dust Devil). É som de gente grande numa belíssima embalagem, mais uma vez criada pelos artistas Adriano Batista ( que também participou da capa do trabalho anterior),  Allan Goldman e Marcos Menys.  Portanto tudo aqui é muito bem cuidado e não me cabe aqui destacar nenhuma das faixas, só posso dizer que todas elas, cada uma delas é imprescindível estar nesses trabalho , porque seria um atentado ao Metal brasileiro não marcar essas obras com um registro dessa qualidade. Já é um dos melhores de 2015 !

                                                                        G. Burkhardt


























EDI / RECOVA – CONTRA GUERRA, CONTRA ESTADO – SPLIT 


Recebi esse material em mãos em um show aqui em Pernambuco. O formato dessa demo é no melhor faça você mesmo. Capa xerocada tipo envelope e com pouca informação. Mas estamos falando de punk e a estética e proposta muitas vezes é essa, como os zines, uma mídia massivamente adotada pelos punks, muito antes do Metal e  que não tem intensão de parecer bonitinho, mas sim de passar a sua mensagem. E as duas conseguem. Uma gravação caseira mas que não perdeu peso, as duas bandas alternam as 12 faixas e cada uma tem sua caracteristicas próprias, Digamos que a E.D.I. que é de Natal, tem um som mais agressivo, mais rápido e vocal bem forte, a Recova, de Recifel,  chama atenção na segunda faixa, Olha Mais um Míssel, que estranhamente tem uma pegada meio regional, e que funciona bem.É um material bastante underground até mesmo para se obter mais informação. Mas bom do underground é isso. As vezes são essas peças raras que caem nas nossas mãos que tornam tudo mais interessante e único.


G. Burkhardt










Entrevistamo Glésio, baterista de uma das bandas mais barulhentas e anarquicas do Brasil, a Shitfun, que da uma lição de forma simples, da maneira grind de se viver sem está tão preocupado com a vida dos outros, como vem acontecendo cada vez mais no meio underground.


A.Vocês acham que esse “humor ácido” contido em sua música é uma característica do estilo ou é um reflexo de suas personalidades. Ou seja: o que veio primeiro o ovo ou a galinha?

Gésio Torres e Marcos Alexandre 
G- Dá-lhe grande Guga, prazer imenso fazer parte de suas paginas no fudido Acclamatur meu nobre! Então cara, sobre essa parte do humor eu creio que isso seja mesmo de nossas personalidades. Claro que o estilo propicia também uma forma diferenciada de compor, de nos relacionarmos com o pessoal e tudo o mais né cara. Não somos os tipos de cara que levam tudo a serio, ou que siga a risca o que quer que seja. Pra mim underground sempre foi sinônimo de irreverência, humor, sarcasmo e muitas vezes ate cinismo hehe. A partir daí, como tocamos grindcore e é uma cena vamos dizer assim mais aberta, veio tudo a calhar e deu no que deu né bicho. Gostamos de fazer as coisas a nosso modo, seja na música ou no lado pessoal mesmo. Então acho que uma coisa puxou a outra e propiciou esse clima festivo que emanamos do fundo de nossas idosas pessoas ehehehe.

A- Qual estilo vocês realmente se encaixariam melhor?

G- Eu não gosto muito de rótulos, creio que isso de certa forma limita não só a criatividade mas como a mente da pessoa, banda ou coisa rotulada. Contudo, tocamos grindcore e é nessa cena que estamos inseridos. Mas por tocar grindcore, não significa que só podemos tocar isso e nada mais entende. Temos no nosso som influências do death metal, do punk, do hardcore, do gore e claro do grind que é a peça motriz que canaliza e extravasa isso tudo em forma de melodias encantadoras e charmosas pra caralho! Nós não temos essa de “ah vamos tocar só para quem curte grind”, ou merdas do tipo. Tocamos com punk, com metal, com alternativo, seja o que for. Respeito acima de tudo e abaixo de nada sempre. Não seguimos diretrizes, não levantamos bandeiras nem estamos ai para política ou o que quer que seja, como muitas bandas de grind hoje em dia se intitulam. Se para muitos “grind is protest”, para nós pode ser um milhão de coisas mais, e não apenas protesto. Cada pessoa tem sua forma de protestar, quem pode nos julgar e dizer que nosso som não é de protesto, dependendo do ângulo em que se encara essa palavra ou essa ação? Entende? Não existe como limitar uma coisa apenas por que você acha que é assim. A maior cena esta na cabeça de cada um de nós, isso sim é verdadeiro e nunca irá mudar. A Shitfun surgiu no intuito de fazer som rápido, com letras que nem eram ligadas a serial killer... Alexandre que teve essa idéia de falar de um cara que matava mulheres, e cada som sendo a morte de cada uma delas. Todo o resto é apenas falácia da oposição e intriga dos invejosos.



A- A Shitfun é uma das bandas que mais produzem material físico entre promos , splits, 7”, como vocês conseguem ser tão produtivos em tempos de downloads ?

G- Cara, parece incrível, mas eu ainda acho que não produzimos o tanto que poderíamos produzir hehe. Acho que a mágica mesmo ocorre na forma como lidamos com nosso material, depois dele nos ser entregue todo pronto e editado pelo nosso terceiro membro Magno Dias, um velho amigo que nos dá o suporte das mixagens e masterizações desde nosso início e que irá fazer tudo nosso até morrermos heheeh entende. Eu sempre tive muitos contatos no underground desde os tempos das cartas sociais, dessa forma firmei amizades no mundo todo, e os nossos lançamentos a gritante maioria é fruto dessa integração com vários amigos em diversos locais do globo. A nossa primeira promo mesmo, saiu em formato tape inicialmente no Japão, pelo selo Fuck the Industry, depois saiu aqui no Brasil em tape também pelo selo do amigo Luiz Umberto da Purgatorius Records, depois saiu em cdr editado em mil cópias, e depois fiz mais mil cópias dessa primeira demo, totalizando ai 2 mil cópias. Deu para espalhar legal nosso som por muitos lugares, as pessoas até hoje chegam até nós através desse primeiro material, o que nos enche de alegria e emoção. Realmente essa geração download veio para lascar com muita coisa, mas o pessoal que vive o underground de verdade sempre irá correr atrás de comprar o material das bandas que curte, isso nunca irá morrer.

A- Cite todos os seus lançamentos e formatos!

G- Putz que perguntinha essa heim hahhha, vou tentar fazer isso o mais minuciosamente possível, vamos lá:

* Promo 2013 – versão tape no Japão e no Brasil. Versão cdr de 2 mil cópias;
* Zombified Humanity Vol 2 – compilação em cd onde entramos com uns 10 sons eu creio;
* Shitfun/Mesrine – split tape live lançada na Bélgica pelo selo Bringer Of Gore do amigo Marc Luyten;
* Shitfun/Lt.Dan – tape lançada nos estados unidos pelo selo Third Eye Grind Records do amigo Jon;
* Shitfun – Killer Live Tape lançada na Serbia;
* Shitfun/Academic Worms/Obbito/Baixo Calão – 4way live tape lançado pelo meu selo e pelo selo do Beto, vocal da baixo calão, a Marreteiro Grinder;
* Shitfun/Sete Star Sept – split ‘7 ep, vinil lançado na Bélgica pelo selo Bringer Of Gore
* Shitfun/Industrial Holocaust – split ‘7 ep, vinil lançado na Bélgica pelo selo Bringer Of Gore
* 2 Minutos Para Expressar Nosso Ódio – cd compilação, entramos com um som;
* Shitfun/Bixera – split cd lançado pelo selo brasileiro Rotten Foetus e Deranged For Leftovers;
* Shitfun/Academic Worms – split cd lançado por vários selos;
* Shitfun/Pulmonary Fibrosis – split ‘3 ep, vinil lançado pelo meu selo Old Grindered Days Records;
* Shitfun/Crotchrot – split cd lançado pelo selo Cemitério records;

Com certeza eu devo ter esquecido algum item hehe.

A-Ufa ! Putz! Kkkkkkk



A- Vocês vinham de formações mais Death e estilos digamos mais metalizados, que tipo de Metal vocês ouvem atualmente?

G- Cara eu escuto tudo de metal, porém tenho preferências por estilos mais rápidos e brutais. Gosto muito do thrash oitentista e de raiz saca, tipo Exodus na época do Bonded By Blood, Kreator antigo, Slayer antigo, Sodom antigo... Na praia do death metal eu aprecio muito a safra sueca como Dismember, Nihilist, Grave e coisas assim nesse naipe. Também curto algo de heavy (bem pouco) tradicional como Black Sabbath, Accept, Saxon, muito pouco de Dio, Running Wild também eu curto pacas e por ai vai. Gosto muito de ouvir Caverna, Velho, RCE, Escarnium, Pútrido Sêmen, bandas de gore e grind em geral eu aprecio muito de verdade. Eu não sou muito chegado em metal mais moderninho saca, cheio de notinhas, de quebradinhas. Eu gosto da pegada suja, tosca mesmo. Não troco meu Unleashed e Autopsy de fim de tarde por Krisiun nenhum da vida, por exemplo. Sem desmerecer de forma alguma a banda e quem curte sacou, é algo bem pessoal mesmo.




A- Porque essa opção de ter uma formação apenas com guitarra e bateria, vocês não acham que com um baixo a música ficaria mais encorpada, mais pesada?

G- A opção de tocarmos sem baixo é por que desde o inicio a idéia sempre foi sermos apenas nós dois mesmos saca. Não foi por que não conseguimos ninguém pra esse posto. A Shitfun na verdade surgiu de uma tentativa frustrada de fazer o Boneache com bateria real, já que lá eu só usava bateria programada (Boneache é um projeto de grindnoisegore que tenho desde 2010 eu creio, ou 2011, ixi nem sei mais), mas como o som tomou outro rumo, achamos melhor por outro nome e assim estamos aí até hoje sob essa alcunha feliz e de merda haha. Eu acho o som da gente bem encorpado tanto ao vivo como em estúdio. Se bem que em estúdio sempre usamos baixo. O que muitos guitarristas não se ligam, quando não se tem um baixo na banda, é que deixando a guitarra no mesmo timbre de como se tivesse um baixo, fica um buraco e as pessoas sacam isso de cara. O som fica muito estridente, chega a irritar os ouvidos. Creio que a grande sacada da Shitfun é que Alexandre usa uma afinação muito baixa, e deixa o amp bem grave.  Isso deixa o som da guitarra dele num peso monstruoso. Sem falar que esse anormal usa também o amp do baixo ao vivo, e como a guitarra dele só tem 04 cordas e ele toca como se tivesse tocando baixo, fica algo assim bem demente mesmo hehehe. Eu vejo que muitas pessoas são um pouco relutantes ainda com nosso som, quando vêem que somos apenas dois na formação, sem baixo... Muitas vezes isso pode ser algo bem traumático mesmo hahhaha no nosso caso o trauma advém de outra forma haha. E só para fechar, nós nunca pensamos, em momento algum, em colocar alguém para tocar baixo ao vivo por que simplesmente não sentimos falta dele. Como eu disse a timbragem de Alexandre cobre os possíveis buracos deixados pela falta do baixo. Quem já nos viu ao vivo sabe do que to falando.


 A- Quais os próximos projetos e lançamentos?

Cartaz da última turnê no RS
G- Para o futuro estamos criando e decompondo para o nosso primeiro trabalho solo, um full lenght, já temos selo e tudo para ser lançado aqui no Brasil mesmo. Esse cd ira conter mais ou menos umas 25 musicas novas (já temos 18 compostas e só esperando terminarmos as outras para podermos gravar tudo bem biitinho) e será lançado em formato digipack de luxo, virá com um pôster da banda, adesivo e estamos vendo se rola um patch também para acompanhar o lançamento. Também temos um cd para sair nos Estados Unidos, aliás esse cd já era pra estar pronto, mas enfim o cara não pôde lançar antes e tals, mas pelo que ele me disse até dezembro de 2015 o cd sai por lá e receberemos nossas cópias aqui. Tem também um outro vinil ‘7 para sair pelo nosso selo belga Bringer Of Gore, um 4way cd na Alemanha com as bandas Gore (Brasil), Putrefuck (Espanha/México), e outra que esqueci o nome hehe, pelo selo Uterus Productions. Vai sair também um split ‘5 ep vinil com a banda amiga Plague Rages, pelos elo americano Gozer, esse vinil será quadrado e limitadíssimo em 50 cópias. Também para 2016 temos uma tour pelo nordeste a ser feita junto com as bandas amigas Rotten Cadaveric Execration (salvador) e Feces On Display (SP), esse role será feito em duas semanas, onde iremos tocar em diversas cidades do nosso frio nordeste hehe. No mais, creio que são esses os projetos da banda para o ano que vem, sem falar em vários splits com várias bandas amigas como Harmony Fault, Dead Fetus Collection, Necrocefalo e outras que não consigo me lembrar agora. Ah e para esse role pelo nordeste, iremos fazer um 3way cd com as 03 bandas envolvidas, para promover o esquema e fazer a coisa fluir de forma prazerosa e barulhenta. Pode ser que eu tenha esquecido algum lançamento, ou algum split com alguma banda amiga, mas é isso aí, na minha idade a coisa anda difícil para lembrar de certas tranqueiras.

A- Muito boa a entrevista e como é de praxe, deixe aqui a sua mensagem final!

G- Guga, valeu mesmo pelo espaço em seu zine e pela consideração de nos entrevistar e saber um pouco do que pensamos e do que rola na banda. Zines impressos hoje em dia é algo bem raro e só quem edita uma coisa assim sabe a importância que isso tem em nossas vidas e no underground de uma forma geral. Só para fechar, gostaria de dizer que deveriamos pensar na união como algo mais completo, mais libertador e mais livre dos vícios que o poder plantou entre nós. Chega de divisões pessoal. Por que uma pessoa que curte Black não pode andar com quem curte grind? Por que um metal não pode ter amizade por um punk? Isso são divisões que só nos afastam uns dos outros e de nós mesmos, e dessa forma o poder filho da puta nos fode, rindo de nossa desunião e de nossa ignorância. Muito obrigado pela oportunidade e estamos ai cara.  Grind on!
A  
Contatos:

Glesio Torres
Caixa postal 428 - Acf Amorim - Petrolina/PE
CEP: 56.302-972
Brasil

m.alexandredm@hotmail.com
shitfungrindcore.bandcamp.com 
facebook.com/shitfunband/

















    
           Abrimos esse espaço pelo valor histórico de certas gravações. Falaremos tanto das bandas novas, quanto das velhas conhecidas, pois nos sentimos atraídos pela autencidade que sempre marcou o som UNDERGROUND.”

             Assim estava escrito no Acclamatur de 1986 e é assim que vamos conduzir o Subterraneus aqui no blog. Vamos considerar tanto as gravações boas quanto as gravações mais toscas ou mais simples de bandas que por falta de experiência ou por morarem longe de grandes centros, sem acessibilidade a bons equipamentos fazem o possível para registrarem o seu som com um único sentimento: FÚRIA! E FÚRIA é o que mais importa. Portanto, promos, lives, demos antigas, fúrias esquecidas no tempo e que valem serem resgatadas para mostrar autencidade e sinceridade ao Metal estarão aqui para os arqueólogos vasculhem nos registros arkashicos



     GLADIATOR OF DEATH – TOTAL WAR

          Thrash Black Metal ducaralho. Passei recentemente um show inteiro batendo cabeça ao som dessa banda. Muita força o som deles ao vivo. Logo após esse evento, o Helloween na cidade do Cabo de Santo Agostinho eles lançaram essa demo bem tosca, com uma gravação ao vivo no estúdio. É muito aguda, com ruídos, e por ter poucos graves ficou muito seca. Mas dá perfeitamente para sacar que a banda é boa e a proposta é um som raçudo mesmo. Som de guerra como um bom Black Metal deve ser. O matéria gráfico é apenas uma impressão com a foto da capa e contra – capa, apenas os nomes das músicas. Inserida dentro de um envelope de plástico. Mas nessa coluna , o que vale mais é o registro histórico e tá aqui registrado e a banda merece ser procurada, como também merece uma produção de verdade, até mesmo porque  não é uma banda nova, já tem bastante tempo de estrada. Os integrantes são Max- (Vocalista) Rafael-(Guitarrista) Felipe-(Baterista) Stinot (baixo). O underground agradece mais esse registro.
                 


                                                                                    G. Burkhardt




ACCLAMATUR é : Guga Burkhardt & Nina Burkhardt
Diagramação e Ilustração das capas, colunas Videre, União e Contos Mórbidos: Guga Burkhardt
Agradecemos à todas as pessoas que estão conosco todos esses anos, não é preciso citar nomes, elas presentem quem são.
Bandas nos procurem!!!!!!








quinta-feira, 1 de outubro de 2015

        É preciso entender que sempre  existem momentos cíclicos, vindos quase como uma LEPRA corroendo aos poucos nossas convicções, uma NECROSE, trazendo um pouco de desanimo, já que vivemos uma ÉPOCA DE ÓDIO, puro e autentico ódio, intolerância, racial, religiosa... mistificação e idolatria que deveria diminuir pelo aumento da racionalidade, mas que porém,  parece aumentar com os SANTIFICADORES virtuais,  picaretas, com  sinais fakes que se espalham de forma viral tão rápido como o puxar do gatilho de um dedo que aponta acusador para o que é diferente. Como uma lâmina ascendente de um guerreiro BERZERKERS. E mesmo depois de 30 anos de brutalidade musical, ainda nos apontam o dedo, ainda nos fecham portas. Por isso a hora é de lutar, de buscar a RESISTÊNCIA SUBTERRÂNEA, de valorizar e formar exércitos numa confraria em um campo de batalha que já conhecemos bem: os shows! Lá como os antigos guerreiros, levantamos taças, guerreamos em rodas e nos palcos imaginamos a fuga para o abismo. Vi nesse momento a necessidade de criar um escrito único, santificado agora pelos deuses do paganismo, reconhecendo e comentando 05 grandes obras que ainda não haviam sido escritas nesse informativo. Conversei em volta de fogueiras com esses guerreiros. Propus  guerra! Minha arma está agora em suas mãos. Devore as letras como se devorasse o ultimo escrito que ficou no mundo.
    Toda grande guerra é ganha nos subterrâneos, longe dos ensanguentados e confusos campos de batalhas. 
- Manifesto da edição especial do Acclamatur zine impresso para o Festival Resistência Underground Caruaru - 03.10.2015 -
    
      Essa atualização do blog está saindo nas vésperas do Festival Resistência Underground Caruaru. Junto com resenhas de outros trabalhos, as 05 primeiras abaixo são obras atemporais das cinco bandas que estão no cast desse evento. Também tem uma entrevista com a produção do festival. Mas continuamos como sempre propagando também todas as desgraças possíveis inserindo aqui também outras bandas que trazem o caos e a desorganização tão necessária para a contra-cultura. esperamos vocês também, se não fisicamente , mas espiritualmente ou mentalmente (pra quem é materialista) no Evento. 
                                                                       G. Burkhardt






EPOCH OF HATE- AGE OF HATE -PE

       Sem dúvida que não é só no nome da banda e no título da demo que o ódio impera no Death Metal do Epoch of Hate,com as passagens, hora totalmente brutais, daquelas que descambam para pura carnificina, hora com paradas precisas e bases empolgantes e cadenciadas. Essa demo foi lançada em 2002 e felizmente relançada agora com a volta a ativa dessa tradicional horda de Caruaru, Pernambuco.  São quatro aterradoras faixas com total pressão e odiosamente bem tocadas por Hilberto, guitarrista criador de toda a parte  instrumental do trabalho, Iram Fabio Bradock, vocal ultra urrado, as vezes esganiçado e responsável pela sutileza lírica das músicas (com exceção da Showing Hatred, escrita por Hilberto) e na bateria com muita precisão e instinto predatório, Renato mendes. Sowing Hatred soa exatamente como o clima já citado acima: doses cavalares de brutalidade e cadencia na hora certa para dar aquela tensão necessária a toda estética do Metal da Morte. Divine Prision é pura vomitada vocal e sacrifício de tambores. Mas ainda pode vir mais, porque Christian Fanatismo seguida da mais brutal, Age of Hate provaram que essa é uma das mais consistentes bandas propagadoras de ódio que Pernambuco conhece.

                                                     
                                                                                G. Burkhardt
                                                                           



LEPRA- DEMO 2012 -PE

       Grind sem concessões e melhor ainda: das 11 pedradas, 10 são ‘cantadas’ na nossa língua e todas beirando no máximo 1 minuto. Uma arte de capa muito, mas muito foda de Rafael Castro, mostrando um ser humano (ou não) simplesmente se decompondo vivo. Uma imagem quase profética do que a música do Lepra provoca. Tanto musicalmente quanto liricamente é um convite,literalmente, a decomposição de nossos velhos conceitos e pré-conceitos. Violência pura em prol do inconformismo         
     Na época contavam com o vocal de Domingos Spacca, atualmente comandado por Ítalo Ramos (baixo). Também participaram dessa surra Marcelo (bateria) e Amir (guitarra). Grind preciso, coeso e sem embolar jamais o meio de campo. Competência underground é bom e eu gosto.
                                                                       
                                                           G. Burkhardt




BERZERKERS- METAL CRUSHERS - SE

        Thrash Metal na escola alemã é meu ponto fraco. Aquela urgência com uma pegada meio hardcore na bateria e aqueles vocais maliciosos a lá Schimier é fórmula que garante na certa uma admiração da minha vil pessoa. Essa banda de Sergipe cumpre muito, mas muito bem o seu papel nessa demo "Metal Crusher" lançada no ano de 2008. São 10 tijoladas rasteiras , caras arranhadas e cotoveladas típicos de roda. Começa com uma Intro descambando em Idiot Suicide killer e na sequência, Predatory com belos riffs e agudo indefectível para manter o climão de 80. A precisão da banda que gravou esse trampo é perfeita. Vocal muito bom de Lincoln. Guitarras afiadas de Anderson e Georgenes, baixo de Edson e batera com Paulo Victor. 
    E seguem com The Land of Blackness, Thrash Till Death, Fight Begins, Berzerkers, Destroy, Desperaty e Mad Cry Joe (BonusTrack) .
     Thrash ate a morte!
                                                        G. Burkhardt




SANCTIFIER - DAEMOCRAFT - RN

       Dos pesadelos obscuros dos contos de H.P. Lovecraft o Sanctifier extraiu toda a sua inspiração para pensar, compor e gravar essa obra prima do Death Metal brasileiro. Da capa, uma das mais fodas que já vi, culpa de Alcides Burn em parceria com Theresa Dallas, ao título (um jogo de palavras com Demônio e o sobrenome do escritor), tudo foi primorosamente bem executado. Peso variação, melodia na medida certa, nos presenteia com um Death muito bem trabalhado e com uma variação surpreendente dentro do estilo. A faixa título é um exemplo, com um trabalho de guitarra até meio experimental. A maldade quase primitiva nos arrebata e sufoca em Tentacle. Outro detalhe é a entrada da 5ª faixa com o nome Necronomicon urrado compassadamente como em um ritual de adoração a brutalidade prolongando ainda mais o conceito da obra. E um grande tempero do trabalho foi a abertura com a fudidissima Demon Ov Lava e encerrando com um bônus da versão da mesma música, só que primorosamente cantada em português, Demônios de Lava. Foda, muito negro e muito, muito cheio de surpresas sombrias.


                                                         G. Burkhardt




NECROSE - VINGANÇA - PB

        Thrash Metal na sua essência, mas com aquela dose de violência necessária para passar longe de bandas engraçadinhas do estilo. O poder de fogo e de mexer com uma formula tão óbvia e continuar empolgando é o verdadeiro arsenal desse paraibanos de Campina Grande. A demo foi gravada em agosto e dezembro de 2011 e lançada em 2012.O formato gráfico é envelope com uma arte do guitarrista Rodrigo Melo, muito simples e "limpa" ficando com um layout muito bom por ser direto e representar bem o conteúdo musical.        
          Contando com um bom vocal de Petrônio Gomes, guitarras de Rodrigo Melo (que aqui também gravou as 04 cordas) e espancando os tambores, Alisson Wagner, a 1ª faixa, Vingança, já entrega o que vem pela frente em todas as seis faixas. Velocidade, pressa em espancar crânios, um chamado às rodas. Concretizado na segunda música tem o auto-explicativo nome de Moshcínio, com aquele Q de Kreator dos tempos de Pleasure To Kill. Assassino Serial sem dúvida é a que tem no refrão a sequencia de notas mais empolgantes da demo. Outra roda a ser formada. Macula do Caos é a próxima, mas depois, puta que los paris!!! Uma instrumental que não tem solinho, não tem diminuição de ritmo ou passagens viajadas, tem sim mais outra sequencia de notas que traz uma sensação de peso impressionante e com um título perfeito para o clima que fica no ar: Puro Ódio. A última Sangue e Dor fecha com chave de ouro e missão cumprida do Necrose que entende perfeitamente a maneira de capitar e transmitir a veia mais animal do Thrash Metal ! Porra !!!!
                                                  
                                                      G. Burkhardt



ARMA – METAL PUNK ATTACK – SP


      Quando recebi essa demo, me achei na obrigação, obrigação mesmo de resenha-la aqui no Acclamatur. Porque? Porque é foda como tem caras que conseguem fazer tanto com tão pouco. É um dom com certeza, e se não é divino, de Satanás tá valendo também. A banda é projeto do guerreiro NTS Oldskull e as 05 músicas dessa sujeira cumpre exatamente o que o título prega. Uma mescla muito bem sacada de Punk/Metal regada a muito Motörhead (como sempre) fedor de cerveja e jeans mal lavado. Agora de fuder é aquela guitarrinha meio abelhinha de 80, na hora do solo de Metal Punk Attack e em Marche ou Morra, tem uma melodia de arrepiar até os cabelos do c... Que sacada meu amigo! Voltei para aqueles tempos de fúria que só existia de verdade nos anos 80, onde era agente contra o mundo. Caralho não vou falar mais nada. Procurem essa porra, e bote o volume no talo e me diga, seu VELHO, se você não se sente vivo de novo?

                                                                      G. Burkhardt





NECROPOLIS – THE EVIL NEVER DIE- PB

    O que é bom nunca morre, nunca perde a sua essência. Essa afirmação é comprovadíssima ao escutarmos o ep da banda paraibana Necropolis, de volta depois depois de quase 30 anos do lançamento de fuderosa demo Insane Mutilator, que pra nosso deleite e por respeito a historia está inserido como bônus nesse ep. Com uma introdução instrumental de Seeds of Death a banda me coloca no meio de um tufão que me arremessa para os anos 80 com a regravação do hino Legion of The Living Dead, aquela mesma pegada da bateria, apesar de contar agora com meio hardcore, o vocalzão de Oliver Hellfire, baixão de Vladimir (ambos integrantes originais) e os riffs reaquecido com guitarrista, o mais novo dos mortos. E voltam a viajar no tempo com outra regravação, Necrovomit continuando a tempestade e destruição. A quinta faixa é uma versão para a música Histeria de outra instituição do Metal paraibano, a Stomachal Corrosion, que ainda está na ativa com um dos seus fundadores Charlie Curcio preparando uma volta com um tributo onde essa versão do Necropolis deverá estar nele. E por fim, Uma versão apressadíssima de Under the Gillotine do Kreator, uma reverencia para o tempo em que Metal era feito principalmente de raça. E o pedigree do Necropolis é de alta estirpe.


                                                                              G. Burkhardt



ATOMIC BOMB – METAL SELVAGEM- RJ


    O título entrega o clima oitentista da banda, aquela sujeira motörhediana tendência atual, principalmente no Brasil e ainda mais no Rio de Janeiro, onde essa tendência é quase uma febre. Então não tem o que dá errado. Umas passagens bem Thrash como em Speed Metal 666, O Dia da Aniquilação, Livre para Pensar e outras com uma pegada punk como na fudidissima (principalmente o refrão) Jonestown. Letra muito bem feita sobre o assassino em massa, o pastor da morte, Jim Jones que fez quase 1000 pessoas se suicidarem na Guiana francesa. Tema também abordado pelo Manowar em Gayna no Sign of The Hammer. O Power Trio é Marcos Calafaias- Baixo, Rafael Torres – Bateria e Renam Carvalho – Voz e Guitarras. Desenho de capa de Ricardo Chagas e encarte com as letras.Todas as faixas são em português com letras bem sacadas e vocal sujo e nítido, provando mais uma vez que devemos adotar nosso idioma e que se fodam os gringos, vão estudar as línguas do 3º mundo, porra !!!


                                                                  G. Burkhardt

TEMPESTILENCE – SUPREME DENIEL OF GOD- SP

           Eu gostaria de falar agora da maldade humana. Do poder de três criaturas de uma forma tão natural, transmitir essa maldade. Assusta e ao mesmo tempo percebemos o quão perto dela estamos e como podemos concebe-la no seu estado mais “puro’ apenas no intuito de compor música. O Tempestilence conseguiu esse feito de uma forma tão simples e direta com apenas três arautos e mais uma intro que dá nome a demo. Aquele Death Metal escuro veloz como em Maligna e lentão e opressor como em Renaissance in Putrescence, triturador e mais negro ainda como em Grinding Heart. Energia bruta, ira escondida que aflora sem que percebamos, naqueles momentos que a adrenalina vai a mil. Death Metal, meu amigo, como deve ser!. Toscão, produção mediana, talvez por isso mesmo a áurea de escuridão se acentue. 
         Os arautos dessa demo são: Fabio Lupus- Guitarra e Vocal, Francisco Souza – Baixo e Cleirton Ceara- tambores.
                                                      G. Burkhardt

CACHORRO DA DUENÇA – DEGRADAÇÃO HUMANA-PE
       
       É impossível  como artista visual deixar de iniciar o comentário desse cd sem começar pela parte gráfica. A arte da capa e contra capa de Hugo Silva é primorosa retratando um feto aparentemente doente e na contracapa um homem magro e morto. O ciclo da vida que parece que já começou com uma doença. “Duença” dos cachorros. Encarte com todas as letras (que é um ponto forte da banda) em tom sépia que deixou o trabalho estiloso. Projeto gráfico de José Flávio e arte e diagramação de Wendell. E o som? Bom o som é um Grind preciso, bem marcado, caceteado naquela urgência e velocidade tão eminentes no estilo, as letras são de cunho social e principalmente abordando  os problemas da região que onde residem os integrantes da banda, o agreste Pernambucano. Músicas como Trabalho Tirando Pelo em Toritama que fala sobre os desvios sociais causados na região têxtil da cidade mencionada no título. Nazista Nordestino segue a crítica à importação “cultural’ que a região sofre criando até desvios absurdos como grupos nazis em pleno nordeste. São 15 faixas da mais pura violência dirigida para a crítica inteligente e consciente. Vocalzão de Gustavo Madruga, guitarras precisas de Alberto Barbosa, Baixo de Cássio Tores e bateria voraz de Pedro HC.Lançado em 2014 a paulada é direta na nuca, onde a faixa mais longa só chega a 1’43. Urgência é Cachorro da Duença!
         
                                                                      G. Burkhardt

SHITFUN / BIXERA – ANTIMUSICAL CADAVERIC SHIT – SPLIT

          O título já entrega a proposta de ser antimusical, ou seja Grind, grunhidos, violência e muita , mas muita insanidade por parte desse dementes por trás de seus instrumentos. A Shitfun vem de Petrolina – PE e é formado por Marcos Alexandre – Guitarra e Baixo e Glésio Torres na bateria e também vocal. Tem uma exurrada de lançamentos e entre splits, eps, 7’’ e mais uma tranqueira de foramatos de mídias. As músicas praticadas aqui levam nomes femininos, onde cada uma dessas moças são vítimas  de um assassino serial. Daí vocês tiram a criatividade doentia da banda. Um encarte  com as letras seria muito interessante para aumentar meu conhecimento sobre  mentes doentias. O pau come em todas as curtíssimas 14 faixas.

         O Bixera é de São Roque  pratica um splater/gore com uma sensação sombria impressa pela falta de guitarra, onde o baixo distorcido de Salvador traz aquela sensação de opressão. Muitos sons de filmes , morte, tortura e outras doces emoções ilustra nosso imaginário. O vocal “porco de satã” é outra característica do vocal de Dino,a banda as vezes imprime velocida, as vezes desacelera num extase ao pogo pela Bateria de Chicão como em Contaminado por Esgoto. Não queira entender as letras por trás de Banho Sagrado no Rio de Fezes, Atrocidade Canibal , Vaginal Sífilis.A música como qualquer linguagem artística, permite diversas expressões e as duas bandas conseguem fazer exatamente o que sua proposta estética pretende: pertubar fazendo pensar.
                                                                        G. Burkhardt


A idéia de fazer uma edição especial do Acclamatur para ser distribuído no Festival Resistência Underground Caruaru, se deu principalmente quando percebemos o empenho e dedicação do seu mentor Eric Rossini em meio a todas as dificuldades de se produzir eventos undergrounds no Brasil e mais ainda no interior do Nordeste, no caso Caruaru -PE. Lançamos então essa idéia como forma de contribuirmos um pouco também, estimulando e atraindo mais o público cada vez mais escasso nesses eventos. Conversamos com Eric para sabermos mais sobre a Resistência.


A- Como surgiu a idéia de criar o evento Resistência Underground Caruaru?



Eric- Surgiu de uma vontade comum entre amigos, de poder dar mais movimento a "real" cena Underground local (que é feita por tão poucos guerreiros, com tantas dificuldades, tanto aqui como em todo o país), junto á vontade de poder trazer bandas que dificilmente tocariam aqui, talvez por serem menos conhecidas pelo público e produtores, mas muito apreciadas por nós, além da proposta de se ter um evento com uma ideologia forte (coisa da qual venho, a anos, sentindo falta na cena), politizado (não partidário), antifascista/nazista, anti white metal, um evento de contra cultura, "Do It Yoursel", faça você mesmo.

A- Na escolha do cast vemos que a brutalidade impera, porém com bandas com pegadas variadas que vão do Grind, Thrash à Death. Foi uma escolha pensada como produtor ou falou mais alto o lado de fã?

Eric- Diria que pesou mais o lado "produtor" (eu, produtor rsrsrsrs), pois quis atrair um público maior. O Grind, o Black, o Death e o Thrash, os gêneros mais brutais, que mais curto e mais respeito, os mais Undergrounds também, os que, verdadeiramente, representam a proposta do evento. Por isso, juntei esses quatro gêneros extremos, para que juntos, formem uma só força, e atraiam um público maior.

  A- Vemos também a presença de bandas representando vários estados nordestinos, Sergipe, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco.Em sua opinião, apesar dos custos de transporte aumentar consideravelmente, qual a vantagem nessa diversidade estadual?

Eric- As vantagens, além de fazer novos amigos, novas parcerias e de poder ver bandas fodas de vários estados, é abrir as portas daqui para elas e outras bandas (dessas e de outras regiões) tocarem em outros eventos locais e nas proximidades, e a possibilidade de abrir caminho para as bandas daqui tocarem por lá também.

A-  Qual o tamanho da equipe central de produção?
Eric- No início, no mês de Março, que foi quando as idéias sobre um evento foram tomando forma, assim como nome, casting, local, valores, á produção era formada por seis pessoas, fora uma equipe de grandes amigos e parceiros, ajudando com a logística, artes gráficas, captação de patrocínios, etc. Por motivos pessoais, sem brigas ou atritos, ao longo de semanas e meses, das seis pessoas envolvidas de fato na produção, restou eu (Eric Rossini) á frente do projeto, apenas com os custos e responsabilidades, a equipe, em geral, só foi crescendo.

Hoje, sigo apenas completando essa equipe, para no dia, de fato, o evento funcionar bem. Destaco como grandes apoiadores: Guga Burkhardt, que me forneceu as fudidas ilustrações para as camisetas e os flyers; Bruno Oliveira; que foi o mago responsável pela identidade visual do evento, além do suporte em geral que vem dando; Nato (Psych Acid), grande irmão, apoiador e maior captador de fundos para o evento; Allison Wagner (Necrose), pelas demos cedidas e pela confiança depositada no evento; Fábio Bradock (Epoch Of Hate), que me cedeu os materiais para á fabricação e o direito da comercialização da primeira demo de sua banda, um dos poucos casos onde a própria banda patrocina (pra mim foi um grande patrocínio) o evento, isso foi foda, salve guerreiro!

A- Muito válidas todas essas atitudes de união e agradeço a citação a minha pessoa!


A- E quanto aos patrocinadores, como vocês se viraram em termos de apoio e custos?

Eric- Tem sido difícil conseguir grandes patrocínios (apenas ajudas de custo), á fase econômica do país não anda lá essas coisas, e isso se reflete nessa hora, mas a diferença tem sido a logística do evento, pois á meses o evento vem se auto sustentando, com a venda das demos e camisetas. Algumas contas já foram pagas, os apoios, agora, só pra completar os custos com transporte e equipamento de som e luz.

A- Em que tipo de mídia vocês estão divulgando e em quais vocês acham que estão obtendo melhor retorno?

Eric- Estou utilizando, diria, abusando da internet, com suas redes sociais e youtubes da vida, além da velha colagem de cartazes pelas ruas, distribuição de flyers mão á mão e o velho boca á boca (ambos em eventos do meio). Ambas têm dado retorno, mas, pelo maior alcance, a internet tem sido um meio de suma importância para o evento.
A- A pretensão é que seja um evento periódico?

Eric- Dependendo do sucesso desse primeiro, sim. Não que o retorno financeiro seja a proposta desse evento, jamais, eu ando investindo nele desde o começo, e pouco me importo se vou reverter isso, me importa que esse seja um sucesso, para que sim, no próximo ano, tenha outro, e dessa vez, sem precisar correr tanto atrás de patrocínios, tornar de fato, o evento auto-sustentável e com muitas edições por vir.

A- Obrigado também pelo bate-papo e deixe aqui as suas considerações:

Eric- Tem sido uma experiência fantástica, de fato, ser uma pessoa ativa na cena, que não fica apenas falando besteiras ou pondo defeito em tudo. Fazer esse evento tem sido meu projeto do ano, estou 666% dedicado á ele, e ter o reconhecimento do meio também é algo incrível, será uma honra produzir esse evento para essas bandas fodas, que tanto vem me apoiando desde cedo e para esse público, que, pode ter certeza, terá um evento foda para ir dia 3 outubro, verdadeiramente Underground! Agradeço tb ao brother Robson Dionísio da Toxic Carnage, que mesmo não fazendo parte do evento, me cedeu materiais de sua banda para divulgação e comercialização, me patrocinado á sua maneira, valeu meu irmão, você foi foda. Aos meus grandes irmãos Thomas e Ewertom, pelo suporte, força e dedicação á esse evento, obrigado seus putos, vocês são fodas!

Obrigado o apoio de todos, os que não  apoiaram, convido para irem no dia e ver o que é  um evento Underground de verdade.     





                                                                                                                                                                                  
 DxLxM – FÚRIA INFINITA- DEMO - RS


         Crust, e mais crust no juízo com aquela leveza lírica comum ao estilo começando o EP com o singelo título de Playboy Cuzão,com a pegada empolgante simplesmente punk que é caracteristica obrigatória. A próxima, Zumbis, passa longe do terror gratuíto e é sim uma crítica social, com um refrão do caralho, lentão, aos berros de “zumbi do brasil... Hell Pass continua a saga com um guitarra suja na medida certa e a banda segue rápida em Rotina de Merda, a última. 
       Uma boa gravação , uma capa com uma ilustração fodastica  do artista Fernado JFI da Anti Arte .O significado do nome da banda já entrega a tendência a podreira:Deposito de Lixo Municipal. A banda é:Eduardo – Vocal & Guitarra, Gilvan – Baixo , Xane– Bateria. Procurem tudo aqui vale a pena.

                                                                         G. Burkhardt




ATRITO URBANO – APRENDIZ DE ESCRAVO – DEMO- RN

        Mais um produto crossover vindo de Natal, assim como a banda Ação Libertária já comentada aqui no Acclamatur, a linha tênue entre o crossover e o puro Thrash Metal é definida pelo vocal mais hardcorizado de Diego. O que me chamou logo a atenção da banda quando vieram tocar  vivo aqui esse ano , foram os riffs iradíssimos de Kley, uma pegada Thrash com um sutil molho das antigas.Passagens realmente empolgantes e que fazem a diferença. Abismo do Orgulho abre o trabalho de uma forma empolgante, lá pelos 1’19 dando uma paradinha para aquele sutil tempero que falei anteriormente. Foda!!! Nossa Epidemia arregaça com bateria de Nininho e para encerrar Aprendiz de Escravo que tem um inicio quase hard para descambar na mais pura violência aumentada com peso pelo baixo de Alex. Vendo a banda ao vivo, senti que energia e vontade de espancamento musical a banda tem demais. Então, que venha um novo trabalho!
                                               
                                                        G. Burkhardt