Aqui no Brasil, quem merda você pensa que você é?Homofóbico,
racista, puritano? Numa miscigenação muito maior do que em qualquer país do
mundo, é impossível não sermos um pouco sem vergonhas pela nossa tendência caliente
herdada dos latinos, é impossível não sermos um pouco ateus pelas contradições
e até perturbações da miscelânea religiosa, é impossível levarmos carecas a
sério em meio a favelas que se avolumam entre torres erguida como monumentos da
elite, que no Brasil não é tão branca, como apregoas alguns que nem notam o tão
elitistas que são.
Nas redes sociais se avolumam esse real puritanismo, não só
religioso, mas de ideologia, uma elitização intelectual camuflada por uma
simples digitação no Google. Reacionários camuflados de revolucionários, mas
que pouco aceitam a opinião alheia e simplesmente deletam. Deletam porque é mais
fácil a exclusão do que o respeito. E aí careca, que merda você pensa que é?
G. Burkhardt
ANTHARES – O CAOS DA
RAZÃO - SP
O bom e velho Thrash Metal cantado em português, o que nos
traz ? Nostalgia de um tempo de muita gana, vontade de detonar tudo, misturado
a uma inocência da certeza de que isso seria possível. E o resultado disso
depois de 30 anos? Obras obrigatórias, de ícones do Metal brasileiro que não
perderam a essência, o furor juvenil. O bom e velho Anthares de No Limite da
Força parece o mesmo, com exceção
da produção excelente que deixou tudo na medida certa, a experiência e a evolução clara dos dois únicos membros da
formação original, Evandro Jr na batera (muita pancadaria) e Pardal Chinello –
Baixo. Desde o começo com Sementes Perdidas
e Ócio já se nota a banda afiada,
agora na terceira faixa e não é que o bicho pega, a faixa homônima ao título, é
que a raça e o peso Thrash arregaçamde
vez, muito foda !!!
Abram a roda e soquem o ar a maloqueirada de 80 tá viva ! No Poço Obscuro tem umas passagens muito
empolgantes e Pesadelo Americano,
puta que pariu n novo clássico do Thrash Metal brasileiro!!! Um detalhe também positivo
são as letras bem escritas que não descambam para a mediocridade semi-
analfabetas de algumas letras que só aumentam o pré-conceito de alguns que não
gostam de metal cantado na nossa língua pátria. Atitude, experiência e bom
gosto. Essa é a Razão do Caos, não
tem outra , só o bom e velho Metal ainda pulsando nas veias! Nas nossa velhas
veias ! Complementam de forma perfeita , o vocal muito irado de Diego Nogueira, digno de substituir velho e lendário Henrique Poço e mais Mauricio Amaral e Eduardo "Topperman" Scarellis – Guitarras muito fodas com belíssimos solos . Mais um clássico brasil !
G. Burkhardt
G. Burkhardt
ARKTUS – PENSAMENTOS - PE
Novíssimo
Thrash Metal saído de Hellcife, porém formada por veteranos da cena como
Gustavo Coimbra e Gustavo Diniz que tiveram como última entidade assombrando as
ruas da cidade, a banda Dominni. Por isso carregam tradição na velocidade e
pressa alternando com momentos de palhetadas mais cadenciadas típicos do
estilo.
A Dor da Perda abre o cd com
palhetadas precisas e bateria com bumbos rapidíssimos de Clovis Queiroz assim
como em Reflexo da Mente. A terceira,
A Perseverança Trás a Conquista, vem
com título e temática muito propícios a
quem faz música underground. Seguem com Pensamento,
Sistema do Submundo, O Poder da Ignorância, Indecisão de Uma Vida Conturbada e
O Conhecimento Gera o Desconhecido. As letras em português tratam muito de
questões existenciais, pensamentos, como o título do trabalho entrega.
Confesso
que estranho um pouco o vocal de Gustavo Coimbra que canta sempre num tom alto,
mas pelo menos é agressivo e cospe muito bem o seu contexto lírico. Eu garanto
que ao vivo (foi assim que ouvi a primeira vez a banda) o quarteto também é
afiadíssimo. Quanto a parte gráfica, o encarte é simples apenas com as letras, sem
nenhuma informação técnica, a não ser o nome dos integrantes e seus respectivos
instrumento.
Thrash Metal com consciência e experiência. Não tem como dar
errado.
G. Burkhardt
KATAPHERO – FROM DUST - RN
Restringir o Kataphero
a apenas um estilo de Metal é muito pouco. O clima sombrio nos leva ao Black/
Death Metal, mas a estranheza de elementos rítmicos e harmônicos nos joga
praticamente a uma proposta progressiva, tamanha a viagem vertiginosa que a
banda nos obriga. É o caso de Nomad,
a primeira faixa, assim como Vanisher
que tem um quê oriental no clima. Trauma
deixa cair um pouco o clima do disco, mas Bleak
& Seed retoma a criatividade. Ektasis
retoma a estranheza no começo para descambar em riffs digamos mais “comuns”,
mas nada é comum nesse disco como Rise,
Bound e Fall. O disco soa quase
como uma trilha sonora para a história conceitual sobre o último sobrevivente
de uma tribo nômade extinta há 13 mil anos atrás. Hoje em dia é difícil ser
original, é difícil ter idéias mais complexas e não parecer indulgente é
difícil não soar chato e cansativo quando se coloca ricas texturas e incursões instrumentais
e vocalizações inusitadas e ainda sem ficar maçante. Mas tudo isso o Kataphero consegue nesse trabalho envolvente
e instigante. Como sempre me atenho também ao trabalho gráfico, a única
restrição que tenho é com a capa que ficou muito pobre e simplória diante do
conteúdo do trabalho, minimalista demais para a proposta musicalmente rica da
banda. Natal mais uma vez nos brinda com Metal fudidamente de qualidade!
G. Burkhardt
MALKUTH – THE DANCE
OF THE SATAN’S BITCH - PE
É foda estar com essa obra na mão. Um clássico do Black
metal nacional lançado em 1998 e finalmente relançado agora para o deleite dos
apreciadores do Metal Negro feito de muita luta e tradição. Para quem não
conhece com toda certeza vai se surpreender com o nível musical e conteúdo lírico
desse disco lançado há quase 17 anos. Da abertura climática da Intro: The Dance of The Satan’s Bitch a
segunda faixa cantada de forma fenomenal por Nightfall que saiu e entrou
diversas vezes tendo se afastado recentemente mais uma vez e a banda já
trabalha com Mantsgard vocal de outra lendária banda de Black Metal de
Hellcife, Empire of Shadows. Outro destaque é Além dos Jardins Nosferáticos, de arrepiar os dedilhados e o solo
de lamento do inicio ao fim. Aí vem Poderoso
Sangre de La Serpiente, instigante clima oriental com baixo marcante de
Flammelian Azoth. E o agouro segue pela frente com momentos delirantes de excesso
(no bom sentido) criativo. E termina com um órgão soturno e oração seriamente declamada
por Daniela Nightfall, o nome não poderia ser mais adequada: Reverencia ao Bode (Outro).
Sinceramente macabra pelo conteúdo lírico. Deixa a sensação que todo o processo
de aproximação, evocação e contato ao Negro almejado no trabalho, foi
conquistado.
Essa nova versão ainda vem com um bônus de Countness Bathory do Venom e uma nova e bela arte de capa. Orgulho.
Muito orgulho desses sombrios Pernambucanos.
G. Burkhardt
DIABOLICAL FUNERAL- A
MORTE DOS SANTOS - SC
Ríspido, extremamente maldoso Black Metal de Joinvile surgido
em 2009. Esse ep foi gravado esse ano e possui 05 maléficas faixas com uma
gravação bem equilibrada e instrumentos bem audíveis.
Horda formada por Mantus
Razuno (Guitarra Solo), Lord Satã (Vocais), e Lord Abaddon (Guitarras Base) com
o baterista convidado James Andresen. A parte lírica fica por conta de Mantus
Razuno e é exatamente onde sinto uma dificuldade de encaixe em algumas
composições como na faixa Funeral Diabólico,
onde parece que algumas frases ficaram maiores do que o tempo da música e
parece que o vocal se apressa para encaixá-la e isso só acentua em A Igreja de Satanás. Apesar deque a
brutalidade das músicas conseguem amenizar isso. O conteúdo lírico é um caso a
parte. É tanta heresia e tão direta ao ponto, que em alguns momentos sinto
falta de um pouco de poesia, mesmo negra e torno a refletir como é difícil compor
e cantar em português. Mas o Diabolical Funeral tem muita lenha
pra queimar, principalmente cristã, por isso já ta lançando seu full-leght gravado
de forma independente e lançado pela Impaled Records, chamado “Queime a Igreja”, ou seja, a blasfêmia sem
restrições continua.
Black Metal na sua maldade mais pura.
G. Burkhardt
G. Burkhardt
SEEDS OF
DESTINY- SEEDS OF DESTINY - PE
É bom ver uma
banda com a maturidade e a responsabilidade de entender que se vai lançar um
trabalho, onde o estilo tratado já foi criado, recriado, visitado e revisitado,
onde praticamente é impossível lançar algo diferente do que já se vem fazendo
desde os surgimento de bandas como Anathema, Theater of Tragedy, Tristania... o
trabalho e a criatividade tem que ser dobrados . Mas o Seeds Of Destiny
consegue muito, consegue principalmente emocionar, o que é primordial para esse
estilo, traz a beleza e competência para criar aquele clima dos grandes nomes
do Gótico mundial. Bela voz e timbre agradável, diferente de dezenas de
vocalistas que andam surgindo por aí, de Amanda Lins com contra-ponto perfeito
de William Lira nos vocais cavernosos.
Uma
Intro e mais 05 faixas, Endless Waiting,
Wrong Chice, Seeds Of Destiny, Tragedy Of Winter e The Last Journey. Perfeito para um bom vinho, uma noite
nebulosa, papos vampíricos e aquela sensação de que deveríamos nos extinguir.
Sinceramente , é de uma beleza monstra !!!
G. Burkhardt
CAMUS - HEAVY METAL MACHINE - PE
Em meio a
tanta segregação, com gente até
discutindo se diante de tantos estilos no Metal, o mesmo deixou de ser Rock.
Absurdo! Como também em meio aos Thrash, Death, Black.... Quando se tenta
colocar uma banda como o Camus em um estilo se cai também quase
no mesmo erro da história do Rock citada acima e se diz que é Heavy Metal o que
eles tocam, como se todos não tivessem suas raízes no Heavy. Por isso prefiro o
termo Metal Tradicional. É nesse contexto que a Camus se apresenta com seu EP
lançado pela Black Legion, com Rise of
New World, um metalzão direto no ponto, Dreams and Shadows mantém a
fidelidade às raízes, assim como a música título do ep. The Loser vem com uma pegada mais Thrash e fecham de forma estilosa
com False Convictions.
A banda é um Power
trio com Thiago Souza no baixo e com um vocal simples mais muito seguro, Jones
Johnson nas guitarra e Marcelo Dias bateria.
Enfim Heavy Metal na sua essência
sem muitas firulas e um extremo bom gosto nas composições.
G. Burkhardt
A coluna Scripturas, que trata de letras de música, obras literárias, esse mês está bastante focada nos zines, defendendo a minha praia, acho que é a expressão litarária mais autentica do underground. seja quadrinhos, músicas , cinema. É a resistência e a expressão mais sincera de quem edita.
MASMORRA Dungeon Synth Zine
Novíssimo
zine de Londrina, lançado esse ano pelo multi-artista Rômulo Machado. Portanto o zine tem um apelo visual muito bom a
partir da capa com um belíssimo desenho em bico de pena feito pelo autor, uma
diagramação belíssima, leve, enfim, visualmente muito foda.
O conteúdo , como o
subtítulo entrega, é especializado em Dungeon
Synth, aquele estilo musical, que começou lá pelos anos 90 com algumas
bandas Black Metal fazendo incursões aos teclados e sons ambientes, em vinhetas
e até faixas completas, onde o intuito da música é criar imagens com sons mais
contemplativos onde o instrumento mor é o teclado. Como é um estilo ainda pouco
apreciado aqui, a opção pelo inglês, segundo o autor, foi o caminho mais lógico
para adentrar principalmente na Europa, onde o estilo é mais vivenciado. O
material ainda vem com um cd com coletânea de várias bandas e artistas do
estilo, inclusive sua banda Iamí , já
resenhada no blog do Acclamatur e no
zine impresso, que apresenta momentos tanto de um Pagan/Black Metal mais
ríspido quanto faixas mais Dungeon Synth,
como é o caso de Orvalho do Crepúsculo.São 26 páginas no formato A5 (meio
ofício) com muita qualidade de impressão e ainda acompanhado por um pôster com
o desenho da capa.
G. Burkhardt
SEPULCHRAL VOICE ZINE
Nascido em
2007 o Sepulchral Voice zine sem
dúvidas é um dos melhores zines feitos no Brasil. O seu criador é o André Chaves
e nos trás muitas entrevistas com bandas brasileiras, mas também com bandas de origem
latina, como Disgrace Anda Terror, Coldblood,
Sodomize, Morfolk, Vulcano, Deformity (Costa Rica).
Esse exemplar que tenho em mãos é especificamente
o nº 06 com capa do artista Marcio Blasphemator, com uma ilustração bem mórbida
e também uma diagramação bem limpa e impresso em 36 fudidas páginas.
Além das
entrevistas é claro que tem as resenhas e retornando nesse número para ficar,
segundo o editor, à coluna “Na Estante”,
que comenta filmes de ficção e terror.
G. Burkhardt
OLD GRINDERED DAYS
Nº 02-
Março/Abril de 2015 do mini- zine (no formato 15X10cm) de Petrolina, abordando
o que mais existe da cena Grind, Splater, Punk, Noise. Ou seja: pura podridão.
O seu editor/criador é Glésio Torres baterista da Shitfun, um cara muito ativo
na cena, com lançamentos do que mais underground a cena realmente subterrânea possui,
através de 7splits, coletâneas, full-lenghts, etc.. No zine inclusive tem uma matéria contando as
aventuras de sua banda numa turnê em São Paulo no ano passado.
Resenhas de
bandas, comentários de filmes, que garanto não serem de drama ou romance, em 32
páginas, onde em algumas delas o fundo preto e as letras minúsculas em branco é
um verdadeiro teste oftalmológico. Mas sempre acho dukaralho ter em mãos um
zine com uma autencidade dessas.
A história da banda paraibana Necropolis esta intimamente relacionada
com o Acclamatur zine. Surgida na mesma época, fazendo exatamente um tipo de
som mais agressivo e que o zine tanto
propagava em meados de 80, esteve também nas páginas inicias do zine e para nossa
grande satisfação, quase 30 anos depois, retorna com o lançamento de um novo
trabalho no formato EP, o “The Evil Never Dies”, mostrando que a banda tá muito
viva e com novo gás para queimar muitas almas podres.
No inicio, em 1987 - Foto: Guga Burkhardt |
- Fale um pouco da história, do inicio e
formação da banda.
Vladimir: A banda começou meio como coisa de menino...
meio brincadeira. Dai a situação foi mudando. Fomos aprendendo mais sobre a cultura
Rock Pesado. influencias ..como tocar..escutar os sons prestando atenção como o
cara faz...o cara na verdade seriam nossos ídolos do metal...eu particularmente
me inspirava em Lemmy Steve Harris Cliff Burton e Geezer Butler.
-Vocês tem contato com os antigos membros e
nenhum se interessou pela volta da banda?
Óliver - Tenho contato com Sidcley e Tárcio (ex-bateristas)
muito esporadicamente. Tárcio vive nos EUA, e Sidcley, pelo que me consta,
trabalha com equipamentos para baterias. O Sidney, ex-guitarrista, sempre vejo,
e é um camarada meu.
Em João Pessoa, 1987. foto: Guga Burkhardt |
Pela volta, ela foi formatada por mim e Vladimir. O
Sidney trabalha no fisco estadual, e ficou meio sem tempo de tocar de novo, mas
seria muito bem-vindo novamente. Os demais, estão, como falei, mais afastados
- Havia um projeto gráfico para o cd com uma
HQ como encarte, qual o conteúdo dessa HQ e como está esse projeto?
Óliver- Este projeto está vivo e forte. Só que ele sairá no
full-lenght, que deverá ser lançado até o final de 2016. A revista deverá vir
encartada junto ao cd, e conta a história, em desenho animado, de toda a
trajetória do Necropolis, desde os primórdios, ainda em 1984, até a gravação do
citado CD.
-. Uma pergunta aos membros mais
novos da banda, principalmente Ricardo que é de uma geração mais nova: vocês já
conheciam a história e a importância do Necropolis para o Metal Nordestino?
Pablo Ramirez: Eu conhecia algumas histórias do Necropolis,
pois eu comecei a curtir a música underground em meados de 86/87, então já
ouvia falar nas bandas locais e de cidades vizinhas por meio de zines e de
depoimentos de amigos que já conheciam, mas não cheguei a vê-los ao vivo,
apesar de terem tocado por duas vezes em Campina Grande, cidade onde eu nasci e
passei boa parte da adolescência. Quando fui morar em João Pessoa e integrava o
Medicine Death , em certa feita fizemos uma versão de Necrovomit para um show
que íamos fazer em Fortaleza ...
Ricardo- Embora sempre tenha me interessado por metal no geral,
foi com minha entrada na banda que eu fui introduzido à ''cena'' nordestina;
então não, eu não conhecia, mas aprendi muito de lá pra cá.
- Na visão de vocês o que mudou em relação aos
shows nos anos iniciais da banda e agora?
Pablo Ramirez: Não fiz shows com o Necropolis no começo, mas
fiz com outras bandas que toquei ao longo dos anos como: Trashwar (que depois
virou “Ultra Violent”.), Diarrhea, Interitus, Medicine Death, Scare,
Nephastus... e até o próprio Stomachal Corrosion que fiz parte da gênese com
Charlie Curcio... o que mais mudou nos shows daquela época com os de hoje é que
antes não tínhamos equipamentos adequados e o público era mais caloroso, se
entregava mais, curtíamos como loucos, talvez por que como as coisas eram mais
difíceis, se comemorava mais quando se conseguia algo, hoje nós temos bons equipamentos
(estão mais acessíveis), mas o público ficou meio morgado, a galera é paradona,
observa muito mais do que interage.
Vladimir: Cara agora muitas coisas ficaram mais fáceis.
isso é óbvio. Por exemplo.. aprendizado do seu instrumento...no you tube tem
todo tipo de aula..e em algumas cidades tb vc pode fazer aulas presenciais....a
compra de equipamentos melhores . Está tudo mais fácil tb...e principalmente poder
ver os caras que conhecemos somente ouvindo. Como o ep Sentence of Death ..do
Destruction....ai o cara vai ai em Recife e vê...isso é sensacional...vc poder
assistir Mad Butcher ao vivo? Cara não tem preço...
Em 2015 com participação de Charlie Curcio |
-E de quem foi a idéia e porque gravar um
cover da Stomachal Corrosion e porque escolheram essa banda?
Óliver - Na realidade, o Charlie (guitarrista do Stomachal
Corrosion) nos chamou para gravar uma faixa para um tributo a eles, que deverá
ser lançado em breve. Embora eles toquem grind, o que foge um pouco à nossa
linha musical, o próprio Charlie escolheu uma faixa que, sendo executada por
nós, poderia cair bem e, em nossa opinião, foi o que aconteceu.
- Pablo Ramires, o atual baterista, também é
percussionista, tendo, digamos assim, um conhecimento e vivencia de outros ritmos
percussivos fora do Metal, o que vocês acham que isso pode contribuir e até
enriquecer o som da banda?
Ricardo- Acho que a musicalidade rica de Pablo se manifesta no
som da banda independente dos meios disponibilizados para isso. Claro, não
seria algo ruim de repente gravar alguma música com outros instrumentos
percussivos, mas não vejo uma necessidade para o tal, e não acho que parte da
musicalidade dele vai estar sendo ''desperdiçada'' se não o fizermos.
Pablo Ramires: até acho que pode enriquecer sim...mas não
usamos esse recurso ainda e não sei se usaremos...acho que se rolar vai ser uma
coisa que vai surgir naturalmente no som do Necropolis e não algo do tipo
"Ah!!! vc toca percussão...então vamos botar umas percussões aqui..."
,o som da banda ainda tá muito focado nas suas velhas influências,o que acho
muito bom,por que curto pra caralho ,e aceitei o convite dos caras justamente
pra fazer um som bruto e sujo, como também pela honra de poder contribuir com a
história dessa banda que faz parte da história do metal paraibano e
nordestino.Eu vinha há uns 20 anos sem tocar Metal e estou achando ducaralho
tocar esse Metal Cru (muito focado em bandas de Speed,Thrash e Death Metal
oitentista),sem muita interferência de outros estilos...apesar de gostar de
várias bandas que fazem ou fizeram essa simbiose musical como: Naked City,Atari
Teenage Riot,Static X,Cangaço,Septic Flesh,Soulfly...etc.Atualmente tive uma
experiência nesse sentido com meus amigos do Dissidium, que está prestes a
lançar o seu segundo Full-length.Me convidaram pra criar uma intro percussiva
para uma das faixas do disco,e o resultado ficou fantástico,gravem esse nome
"Augúrio" é o título do segundo disco do Dissidium...
- Como está sendo a distribuição do cd e como e
onde encontra-lo?
Óliver- O CD será vendido na nossa página do facebook, na página da Óliver Discos, na minha página física também, bem como estaremos mandando e distribuindo para vários estados do Brasil. Quem não encontrar, pode entrar em contato conosco que enviaremos. Também será vendido em todos os nossos shows.
E isso muita gente já esqueceu. Portanto quando em me pego pensando e me vendo no meio de uma roda violentíssima eu tenho certeza que esse é o som perfeito. O Distürbia Cladis foi formada nos idos de 2010 em São Paulo com a mesma intenção de bandas nesse estilo de seguir os mestres Punks, Black Metals, Motorheads e afins. Lançaram um split 7 com o Fear of the Future em 2012 e agora finalmente lançam o ep Disforia. São 6 faixas do mais puro ataque aos nossos ouvidos munidos de letras muito fodas e felizmente em português.
A banda foi formada por Leonardo Cunha (B/V) e Karine Campanille (G/V) e depois de algumas tentativas com outras bateristas , o posto se fixou com Orlando Guarnier. E apesar da pegada muito mais punk, a banda deixa claro nos seu release que suas influências são as mesmas de quem já ouvia Metal em 80: de VoiVod , DrillerKiller, Darkthrone, Celtic Frost, Anvil, Judas Priest a Wolfpack. E tudo isso só imprime qualidade ao som, mesmo que tudo o que você quer na vida é vomitar um monte de podreira na cara da sociedade.
Crust é foda meu rapá !
G. Burkhardt
MARTYRDOM – SUBTERRÂNEO CULTO ÀS TREVAS – DEMO AO VIVO-BA
“Abrimos esse espaço pelo valor histórico de certas
gravações. Falaremos tanto das bandas novas, quanto das velhas conhecidas, pois
nos sentimos atraídos pela autencidade que sempre marcou o som UNDERGROUND.”
Assim estava escrito no Acclamatur de 1986 e é assim que
vamos conduzir o Subterraneus aqui no blog. Vamos considerar tanto as gravações
boas quanto as gravações mais toscas ou mais simples de bandas que por preocupação
em registrar historicamente seu trabalho, ou por falta de experiência, ou por
morarem longe de grandes centros, sem acessibilidade a bons equipamentos, fazem
o possível para registrarem o seu som com um único sentimento: FÚRIA! E FÚRIA é
o que mais importa. Portanto, promos, lives, demos antigas, fúrias esquecidas
no tempo e que valem serem resgatadas para mostrar autencidade e sinceridade ao
Metal estarão aqui para os arqueólogos vasculhem nos registros arkashicos.
MARTYRDOM – SUBTERRÂNEO CULTO ÀS TREVAS – DEMO AO VIVO-BA
Em meados de 80 havia um prazer inarrável quando agente
conseguia uma gravação pirata ao vivo,e até mesmo muito tosca de uma banda que éramos
fãs. Lembro bem quando conseguimos um tape ao vivo do Sepultura na época do
Bestial Devastation. Essa mágica parece que se perdeu no tempo, em meio aos
escombros deixados pelas facilidades do youtube e acesso fácil a homes studios,
onde a exigência de uma boa gravação tirou o brilho da surpresa e também um
pouco da espontaneidade de muitos músicos.
Felizmente essa energia mágica que
só se consegue ao vivo, vem perpetuada na proposta do Martyrdom de lançar esse
registro cru e por isso muito real das suas blasfêmias ao vivo executadas no
ano de 2013 em Cícero Dantas- BA. São 07 faixas dizimando tudo que se
convencionou chamar de boa música.
Energia Real, negra do mais autentico Black
Metal. Apenas uma grande dose de escuridão no mais autentico subterrâneo de
onde músicas que tratam do submundo e infra mundo de forma sincera.Da pra sacar,
mesmo com a gravação meio abafada e oscilando um pouco, que a banda tem composições
muito climáticas como “A Verdadeira Inquisição”
e “Apenas a Escuridão” com começo
totalmente Doom.
O inusitado também vem na embalagem da demo, no formato de dvd
e com capa totalmente preta, porém com um encarte com release e uma imagem na
parte interna. Portanto, uma proposta totalmente subterrânea para aqueles que
entendem historicamente um registro como esse. O Martyrdom é de Feira de
Santana-Ba e conta nessa gravação com Amraking (Voz e teclados), A. Britto
(guitars), Tarcísio (baixo) e Vurmun (tambores). Subterrâneo sem dúvida!
G. Burkhardt
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