É preciso entender que sempre existem momentos cíclicos, vindos quase como
uma LEPRA corroendo aos poucos nossas convicções, uma NECROSE, trazendo um
pouco de desanimo, já que vivemos uma ÉPOCA DE ÓDIO, puro e autentico ódio,
intolerância, racial, religiosa... mistificação e idolatria que deveria
diminuir pelo aumento da racionalidade, mas que porém, parece aumentar com os SANTIFICADORES
virtuais, picaretas, com sinais fakes que se espalham de forma viral
tão rápido como o puxar do gatilho de um dedo que aponta acusador para o que é
diferente. Como uma lâmina ascendente de um guerreiro BERZERKERS. E mesmo
depois de 30 anos de brutalidade musical, ainda nos apontam o dedo, ainda nos
fecham portas. Por isso a hora é de lutar, de buscar a RESISTÊNCIA SUBTERRÂNEA,
de valorizar e formar exércitos numa confraria em um campo de batalha que já
conhecemos bem: os shows! Lá como os antigos guerreiros, levantamos taças,
guerreamos em rodas e nos palcos imaginamos a fuga para o abismo. Vi nesse
momento a necessidade de criar um escrito único, santificado agora pelos deuses
do paganismo, reconhecendo e comentando 05 grandes obras que ainda não haviam
sido escritas nesse informativo. Conversei em volta de fogueiras com esses
guerreiros. Propus guerra! Minha arma está
agora em suas mãos. Devore as letras como se devorasse o ultimo escrito que
ficou no mundo.
Toda grande guerra
é ganha nos subterrâneos, longe dos ensanguentados e confusos campos de
batalhas.
- Manifesto da edição especial do Acclamatur zine impresso para o Festival Resistência Underground Caruaru - 03.10.2015 -
Essa atualização do blog está saindo nas vésperas do Festival Resistência Underground Caruaru. Junto com resenhas de outros trabalhos, as 05 primeiras abaixo são obras atemporais das cinco bandas que estão no cast desse evento. Também tem uma entrevista com a produção do festival. Mas continuamos como sempre propagando também todas as desgraças possíveis inserindo aqui também outras bandas que trazem o caos e a desorganização tão necessária para a contra-cultura. esperamos vocês também, se não fisicamente , mas espiritualmente ou mentalmente (pra quem é materialista) no Evento.
G. Burkhardt
Sem dúvida que
não é só no nome da banda e no título da demo que o ódio impera no Death Metal
do Epoch of Hate,com as passagens, hora totalmente brutais, daquelas que
descambam para pura carnific ina, hora com paradas precisas e bases empolgantes
e cadenciadas. Essa demo foi lançada em 2002 e felizmente relançada agora com a
volta a ativa dessa tradicional horda de Caruaru, Pernambuco. São quatro aterradoras faixas com total
pressão e odiosamente bem tocadas por Hilberto, guitarrista criador de toda a
parte instrumental do trabalho, Iram Fabio
Bradock, vocal ultra urrado, as vezes esganiçado e responsável pela sutileza
lírica das músicas (com exceção da Showing Hatred, escrita por Hilberto) e na
bateria com muita precisão e instinto predatório, Renato mendes. Sowing Hatred
soa exatamente como o clima já citado acima: doses cavalares de brutalidade e
cadencia na hora certa para dar aquela tensão necessária a toda estética do
Metal da Morte. Divine Prision é pura vomitada vocal e sacrifício de tambores.
Mas ainda pode vir mais, porque Christian Fanatismo seguida da mais brutal, Age
of Hate provaram que essa é uma das mais consistentes bandas propagadoras de
ódio que Pernambuco conhece.
G. Burkhardt
Grind sem
concessões e melhor ainda: das 11 pedradas, 10 são ‘cantadas’ na nossa língua e
todas beirando no máximo 1 minuto. Uma arte de capa muito, mas muito foda de
Rafael Castro, mostrando um ser humano (ou não) simplesmente se decompondo
vivo. Uma imagem quase profética do que a música do Lepra provoca. Tanto
musicalmente quanto liricamente é um convite,literalmente, a decomposição de
nossos velhos conceitos e pré-conceitos. Violência pura em prol do
inconformismo
Na época contavam com o vocal de Domingos Spacca, atualmente comandado por Ítalo Ramos (baixo). Também participaram dessa surra Marcelo (bateria) e Amir (guitarra). Grind preciso, coeso e sem embolar jamais o meio de campo. Competência underground é bom e eu gosto.
Na época contavam com o vocal de Domingos Spacca, atualmente comandado por Ítalo Ramos (baixo). Também participaram dessa surra Marcelo (bateria) e Amir (guitarra). Grind preciso, coeso e sem embolar jamais o meio de campo. Competência underground é bom e eu gosto.
G. Burkhardt
BERZERKERS- METAL
CRUSHERS - SE
Thrash Metal
na escola alemã é meu ponto fraco. Aquela urgência com uma pegada meio hardcore
na bateria e aqueles vocais maliciosos a lá Schimier é fórmula que garante na
certa uma admiração da minha vil pessoa. Essa banda de Sergipe cumpre muito,
mas muito bem o seu papel nessa demo "Metal Crusher" lançada no ano
de 2008. São 10 tijoladas rasteiras , caras arranhadas e cotoveladas típicos de
roda. Começa com uma Intro descambando em Idiot Suicide killer e na sequência,
Predatory com belos riffs e agudo indefectível para manter o climão de 80. A
precisão da banda que gravou esse trampo é perfeita. Vocal muito bom de
Lincoln. Guitarras afiadas de Anderson e Georgenes, baixo de Edson e batera com
Paulo Victor.
E seguem com The Land of Blackness, Thrash Till Death, Fight Begins, Berzerkers, Destroy, Desperaty e Mad Cry Joe (BonusTrack) .
E seguem com The Land of Blackness, Thrash Till Death, Fight Begins, Berzerkers, Destroy, Desperaty e Mad Cry Joe (BonusTrack) .
G. Burkhardt
SANCTIFIER -
DAEMOCRAFT - RN
Dos pesadelos
obscuros dos contos de H.P. Lovecraft o Sanctifier extraiu toda a sua
inspiração para pensar, compor e gravar essa obra prima do Death Metal
brasileiro. Da capa, uma das mais fodas que já vi, culpa de Alcides Burn em
parceria com Theresa Dallas, ao título (um jogo de palavras com Demônio e o
sobrenome do escritor), tudo foi primorosamente bem executado. Peso variação,
melodia na medida certa, nos presenteia com um Death muito bem trabalhado e com
uma variação surpreendente dentro do estilo. A faixa título é um exemplo, com
um trabalho de guitarra até meio experimental. A maldade quase primitiva nos
arrebata e sufoca em Tentacle. Outro detalhe é a entrada da 5ª faixa com o nome
Necronomicon urrado compassadamente como em um ritual de adoração a brutalidade
prolongando ainda mais o conceito da obra. E um grande tempero do trabalho foi
a abertura com a fudidissima Demon Ov Lava e encerrando com um bônus da versão
da mesma música, só que primorosamente cantada em português, Demônios de Lava.
Foda, muito negro e muito, muito cheio de surpresas sombrias.
G. Burkhardt
NECROSE - VINGANÇA - PB
Thrash Metal na sua essência, mas com aquela
dose de violência necessária para passar longe de bandas engraçadinhas do
estilo. O poder de fogo e de mexer com uma formula tão óbvia e continuar
empolgando é o verdadeiro arsenal desse paraibanos de Campina Grande. A demo
foi gravada em agosto e dezembro de 2011 e lançada em 2012.O formato gráfico é
envelope com uma arte do guitarrista Rodrigo Melo, muito simples e
"limpa" ficando com um layout muito bom por ser direto e representar
bem o conteúdo musical.
Contando com um bom vocal de Petrônio Gomes, guitarras de Rodrigo Melo (que aqui também gravou as 04 cordas) e espancando os tambores, Alisson Wagner, a 1ª faixa, Vingança, já entrega o que vem pela frente em todas as seis faixas. Velocidade, pressa em espancar crânios, um chamado às rodas. Concretizado na segunda música tem o auto-explicativo nome de Moshcínio, com aquele Q de Kreator dos tempos de Pleasure To Kill. Assassino Serial sem dúvida é a que tem no refrão a sequencia de notas mais empolgantes da demo. Outra roda a ser formada. Macula do Caos é a próxima, mas depois, puta que los paris!!! Uma instrumental que não tem solinho, não tem diminuição de ritmo ou passagens viajadas, tem sim mais outra sequencia de notas que traz uma sensação de peso impressionante e com um título perfeito para o clima que fica no ar: Puro Ódio. A última Sangue e Dor fecha com chave de ouro e missão cumprida do Necrose que entende perfeitamente a maneira de capitar e transmitir a veia mais animal do Thrash Metal ! Porra !!!!
Contando com um bom vocal de Petrônio Gomes, guitarras de Rodrigo Melo (que aqui também gravou as 04 cordas) e espancando os tambores, Alisson Wagner, a 1ª faixa, Vingança, já entrega o que vem pela frente em todas as seis faixas. Velocidade, pressa em espancar crânios, um chamado às rodas. Concretizado na segunda música tem o auto-explicativo nome de Moshcínio, com aquele Q de Kreator dos tempos de Pleasure To Kill. Assassino Serial sem dúvida é a que tem no refrão a sequencia de notas mais empolgantes da demo. Outra roda a ser formada. Macula do Caos é a próxima, mas depois, puta que los paris!!! Uma instrumental que não tem solinho, não tem diminuição de ritmo ou passagens viajadas, tem sim mais outra sequencia de notas que traz uma sensação de peso impressionante e com um título perfeito para o clima que fica no ar: Puro Ódio. A última Sangue e Dor fecha com chave de ouro e missão cumprida do Necrose que entende perfeitamente a maneira de capitar e transmitir a veia mais animal do Thrash Metal ! Porra !!!!
G. Burkhardt
Quando recebi
essa demo, me achei na obrigação, obrigação mesmo de resenha-la aqui no
Acclamatur. Porque? Porque é foda como tem caras que conseguem fazer tanto com
tão pouco. É um dom com certeza, e se não é divino, de Satanás tá valendo
também. A banda é projeto do guerreiro NTS Oldskull e as 05 músicas dessa
sujeira cumpre exatamente o que o título prega. Uma mescla muito bem sacada de
Punk/Metal regada a muito Motörhead (como sempre) fedor de cerveja e jeans mal
lavado. Agora de fuder é aquela guitarrinha meio abelhinha de 80, na hora do
solo de Metal Punk Attack e em Marche ou Morra, tem uma melodia de arrepiar até
os cabelos do c... Que sacada meu amigo! Voltei para aqueles tempos de fúria
que só existia de verdade nos anos 80, onde era agente contra o mundo. Caralho
não vou falar mais nada. Procurem essa porra, e bote o volume no talo e me diga, seu VELHO, se você não se sente vivo de novo?
G. Burkhardt
O que é bom nunca morre, nunca perde a sua essência. Essa
afirmação é comprovadíssima ao escutarmos o ep da banda paraibana Necropolis,
de volta depois depois de quase 30 anos do lançamento de fuderosa demo Insane Mutilator,
que pra nosso deleite e por respeito a historia está inserido como bônus nesse
ep. Com uma introdução instrumental de Seeds of Death a banda me coloca no meio
de um tufão que me arremessa para os anos 80 com a regravação do hino Legion of
The Living Dead, aquela mesma pegada da bateria, apesar de contar agora com
meio hardcore, o vocalzão de Oliver Hellfire, baixão de Vladimir (ambos
integrantes originais) e os riffs reaquecido com guitarrista, o mais novo dos
mortos. E voltam a viajar no tempo com outra regravação, Necrovomit continuando
a tempestade e destruição. A quinta faixa é uma versão para a música Histeria
de outra instituição do Metal paraibano, a Stomachal Corrosion, que ainda está
na ativa com um dos seus fundadores Charlie Curcio preparando uma volta com um
tributo onde essa versão do Necropolis deverá estar nele. E por fim, Uma versão
apressadíssima de Under the Gillotine do Kreator, uma reverencia para o tempo
em que Metal era feito principalmente de raça. E o pedigree do Necropolis é de
alta estirpe.
G. Burkhardt
O título entrega o clima oitentista da banda, aquela sujeira motörhediana
tendência atual, principalmente no Brasil e ainda mais no Rio de Janeiro, onde
essa tendência é quase uma febre. Então não tem o que dá errado. Umas passagens
bem Thrash como em Speed Metal 666, O Dia da Aniquilação, Livre para Pensar e
outras com uma pegada punk como na fudidissima (principalmente o refrão)
Jonestown. Letra muito bem feita sobre o assassino em massa, o pastor da morte,
Jim Jones que fez quase 1000 pessoas se suicidarem na Guiana francesa. Tema
também abordado pelo Manowar em Gayna no Sign of The Hammer. O Power Trio é
Marcos Calafaias- Baixo, Rafael Torres – Bateria e Renam Carvalho – Voz e
Guitarras. Desenho de capa de Ricardo Chagas e encarte com as letras.Todas as
faixas são em português com letras bem sacadas e vocal sujo e nítido, provando
mais uma vez que devemos adotar nosso idioma e que se fodam os gringos, vão
estudar as línguas do 3º mundo, porra !!!
G. Burkhardt
Eu gostaria de falar agora da maldade humana. Do poder de três
criaturas de uma forma tão natural, transmitir essa maldade. Assusta e ao mesmo
tempo percebemos o quão perto dela estamos e como podemos concebe-la no seu
estado mais “puro’ apenas no intuito de compor música. O Tempestilence
conseguiu esse feito de uma forma tão simples e direta com apenas três arautos
e mais uma intro que dá nome a demo. Aquele Death Metal escuro veloz como em
Maligna e lentão e opressor como em Renaissance in Putrescence, triturador e
mais negro ainda como em Grinding Heart. Energia bruta, ira escondida que
aflora sem que percebamos, naqueles momentos que a adrenalina vai a mil. Death
Metal, meu amigo, como deve ser!. Toscão, produção mediana, talvez por isso
mesmo a áurea de escuridão se acentue.
Os arautos dessa demo são: Fabio Lupus- Guitarra e Vocal, Francisco Souza – Baixo e Cleirton Ceara- tambores.
Os arautos dessa demo são: Fabio Lupus- Guitarra e Vocal, Francisco Souza – Baixo e Cleirton Ceara- tambores.
G. Burkhardt
É impossível como
artista visual deixar de iniciar o comentário desse cd sem começar pela parte
gráfica. A arte da capa e contra capa de Hugo Silva é primorosa retratando um
feto aparentemente doente e na contracapa um homem magro e morto. O ciclo da
vida que parece que já começou com uma doença. “Duença” dos cachorros. Encarte
com todas as letras (que é um ponto forte da banda) em tom sépia que deixou o
trabalho estiloso. Projeto gráfico de José Flávio e arte e diagramação de
Wendell. E o som? Bom o som é um Grind preciso, bem marcado, caceteado naquela
urgência e velocidade tão eminentes no estilo, as letras são de cunho social e
principalmente abordando os problemas da região que onde residem os integrantes
da banda, o agreste Pernambucano. Músicas como Trabalho Tirando Pelo em
Toritama que fala sobre os desvios sociais causados na região têxtil da cidade
mencionada no título. Nazista Nordestino segue a crítica à importação “cultural’
que a região sofre criando até desvios absurdos como grupos nazis em pleno
nordeste. São 15 faixas da mais pura violência dirigida para a crítica
inteligente e consciente. Vocalzão de Gustavo Madruga, guitarras precisas de
Alberto Barbosa, Baixo de Cássio Tores e bateria voraz de Pedro HC.Lançado em
2014 a paulada é direta na nuca, onde a faixa mais longa só chega a 1’43.
Urgência é Cachorro da Duença!
G. Burkhardt
SHITFUN /
BIXERA – ANTIMUSICAL CADAVERIC SHIT – SPLIT
O título já
entrega a proposta de ser antimusical, ou seja Grind, grunhidos, violência e
muita , mas muita insanidade por parte desse dementes por trás de seus
instrumentos. A Shitfun vem de
Petrolina – PE e é formado por Marcos Alexandre – Guitarra e Baixo e Glésio
Torres na bateria e também vocal. Tem uma exurrada de lançamentos e entre
splits, eps, 7’’ e mais uma tranqueira de foramatos de mídias. As músicas
praticadas aqui levam nomes femininos, onde cada uma dessas moças são
vítimas de um assassino serial. Daí
vocês tiram a criatividade doentia da banda. Um encarte com as letras seria muito interessante para
aumentar meu conhecimento sobre mentes
doentias. O pau come em todas as curtíssimas 14 faixas.
O Bixera é de São Roque pratica um splater/gore com uma sensação
sombria impressa pela falta de guitarra, onde o baixo distorcido de Salvador
traz aquela sensação de opressão. Muitos sons de filmes , morte, tortura e
outras doces emoções ilustra nosso imaginário. O vocal “porco de satã” é outra
característica do vocal de Dino,a banda as vezes imprime velocida, as vezes
desacelera num extase ao pogo pela Bateria de Chicão como em Contaminado por Esgoto. Não queira
entender as letras por trás de Banho
Sagrado no Rio de Fezes, Atrocidade Canibal , Vaginal Sífilis.A música como
qualquer linguagem artística, permite diversas expressões e as duas bandas
conseguem fazer exatamente o que sua proposta estética pretende: pertubar
fazendo pensar.
G. Burkhardt
A idéia de fazer uma edição especial do Acclamatur para ser distribuído
no Festival Resistência Underground Caruaru, se deu principalmente quando
percebemos o empenho e dedicação do seu mentor Eric Rossini em meio a todas as
dificuldades de se produzir eventos undergrounds no Brasil e mais ainda no
interior do Nordeste, no caso Caruaru -PE. Lançamos então essa idéia como forma
de contribuirmos um pouco também, estimulando e atraindo mais o público cada
vez mais escasso nesses eventos. Conversamos com Eric para sabermos mais sobre
a Resistência.
A- Como surgiu a idéia de criar o evento Resistência Underground
Caruaru?
Eric- Surgiu de uma vontade comum entre amigos, de poder dar
mais movimento a "real" cena Underground local (que é feita por tão
poucos guerreiros, com tantas dificuldades, tanto aqui como em todo o país),
junto á vontade de poder trazer bandas que dificilmente tocariam aqui, talvez
por serem menos conhecidas pelo público e produtores, mas muito apreciadas por
nós, além da proposta de se ter um evento com uma ideologia forte (coisa da
qual venho, a anos, sentindo falta na cena), politizado (não partidário),
antifascista/nazista, anti white metal, um evento de contra cultura, "Do
It Yoursel", faça você mesmo.
A- Na escolha do cast vemos que a brutalidade impera, porém com bandas
com pegadas variadas que vão do Grind, Thrash à Death. Foi uma escolha pensada
como produtor ou falou mais alto o lado de fã?
Eric- Diria que pesou mais o lado "produtor" (eu,
produtor rsrsrsrs), pois quis atrair um público maior. O Grind, o Black, o
Death e o Thrash, os gêneros mais brutais, que mais curto e mais respeito, os
mais Undergrounds também, os que, verdadeiramente, representam a proposta do
evento. Por isso, juntei esses quatro gêneros extremos, para que juntos, formem
uma só força, e atraiam um público maior.
A- Vemos também a presença de bandas
representando vários estados nordestinos, Sergipe, Rio Grande do Norte, Paraíba
e Pernambuco.Em sua opinião, apesar dos custos de transporte aumentar
consideravelmente, qual a vantagem nessa diversidade estadual?
Eric- As vantagens, além de fazer novos amigos, novas parcerias
e de poder ver bandas fodas de vários estados, é abrir as portas daqui para
elas e outras bandas (dessas e de outras regiões) tocarem em outros eventos
locais e nas proximidades, e a possibilidade de abrir caminho para as bandas
daqui tocarem por lá também.
A- Qual o tamanho da equipe
central de produção?
Eric- No início, no mês de Março, que foi quando as idéias
sobre um evento foram tomando forma, assim como nome, casting, local, valores,
á produção era formada por seis pessoas, fora uma equipe de grandes amigos e
parceiros, ajudando com a logística, artes gráficas, captação de patrocínios,
etc. Por motivos pessoais, sem brigas ou atritos, ao longo de semanas e meses,
das seis pessoas envolvidas de fato na produção, restou eu (Eric Rossini) á
frente do projeto, apenas com os custos e responsabilidades, a equipe, em
geral, só foi crescendo.
Hoje, sigo apenas completando essa equipe, para no dia, de
fato, o evento funcionar bem. Destaco como grandes apoiadores: Guga Burkhardt,
que me forneceu as fudidas ilustrações para as camisetas e os flyers; Bruno
Oliveira; que foi o mago responsável pela identidade visual do evento, além do
suporte em geral que vem dando; Nato (Psych Acid), grande irmão, apoiador e
maior captador de fundos para o evento; Allison Wagner (Necrose), pelas demos
cedidas e pela confiança depositada no evento; Fábio Bradock (Epoch Of Hate),
que me cedeu os materiais para á fabricação e o direito da comercialização da
primeira demo de sua banda, um dos poucos casos onde a própria banda patrocina
(pra mim foi um grande patrocínio) o evento, isso foi foda, salve guerreiro!
A- Muito válidas todas essas atitudes de união e agradeço a citação a
minha pessoa!
A- E quanto aos patrocinadores, como vocês se viraram em termos de
apoio e custos?
Eric- Tem sido difícil conseguir grandes patrocínios (apenas
ajudas de custo), á fase econômica do país não anda lá essas coisas, e isso se
reflete nessa hora, mas a diferença tem sido a logística do evento, pois á
meses o evento vem se auto sustentando, com a venda das demos e camisetas.
Algumas contas já foram pagas, os apoios, agora, só pra completar os custos com
transporte e equipamento de som e luz.
A- Em que tipo de mídia vocês estão divulgando e em quais vocês acham
que estão obtendo melhor retorno?
Eric- Estou utilizando, diria, abusando da internet, com
suas redes sociais e youtubes da vida, além da velha colagem de cartazes pelas
ruas, distribuição de flyers mão á mão e o velho boca á boca (ambos em eventos
do meio). Ambas têm dado retorno, mas, pelo maior alcance, a internet tem sido
um meio de suma importância para o evento.
A- A pretensão é que seja um evento periódico?
Eric- Dependendo do sucesso desse primeiro, sim. Não que o
retorno financeiro seja a proposta desse evento, jamais, eu ando investindo
nele desde o começo, e pouco me importo se vou reverter isso, me importa que
esse seja um sucesso, para que sim, no próximo ano, tenha outro, e dessa vez,
sem precisar correr tanto atrás de patrocínios, tornar de fato, o evento
auto-sustentável e com muitas edições por vir.
A- Obrigado também pelo bate-papo e deixe aqui as suas considerações:
Eric- Tem sido uma experiência fantástica, de fato, ser uma
pessoa ativa na cena, que não fica apenas falando besteiras ou pondo defeito em
tudo. Fazer esse evento tem sido meu projeto do ano, estou 666% dedicado á ele,
e ter o reconhecimento do meio também é algo incrível, será uma honra produzir
esse evento para essas bandas fodas, que tanto vem me apoiando desde cedo e
para esse público, que, pode ter certeza, terá um evento foda para ir dia 3
outubro, verdadeiramente Underground! Agradeço tb ao brother Robson Dionísio da
Toxic Carnage, que mesmo não fazendo parte do evento, me cedeu materiais de sua
banda para divulgação e comercialização, me patrocinado á sua maneira, valeu meu
irmão, você foi foda. Aos meus grandes irmãos Thomas e Ewertom, pelo suporte,
força e dedicação á esse evento, obrigado seus putos, vocês são fodas!
Obrigado o apoio de todos, os que não apoiaram, convido para irem no dia e ver o
que é um evento Underground de
verdade.

Crust, e mais crust no juízo com aquela leveza lírica comum ao estilo começando o EP com o singelo título de Playboy Cuzão,com a pegada empolgante simplesmente punk que é caracteristica obrigatória. A próxima, Zumbis, passa longe do terror gratuíto e é sim uma crítica social, com um refrão do caralho, lentão, aos berros de “zumbi do brasil... Hell Pass continua a saga com um guitarra suja na medida certa e a banda segue rápida em Rotina de Merda, a última.
Uma boa gravação , uma capa com uma ilustração fodastica do artista Fernado JFI da Anti Arte .O significado do nome da banda já entrega a tendência a podreira:Deposito de Lixo Municipal. A banda é:Eduardo – Vocal & Guitarra, Gilvan – Baixo , Xane– Bateria. Procurem tudo aqui vale a pena.
G.
Burkhardt
Mais um produto crossover vindo de Natal, assim
como a banda Ação Libertária já
comentada aqui no Acclamatur, a linha tênue entre o crossover e o puro Thrash
Metal é definida pelo vocal mais hardcorizado de Diego. O que me chamou logo a
atenção da banda quando vieram tocar
vivo aqui esse ano , foram os riffs iradíssimos de Kley, uma pegada
Thrash com um sutil molho das antigas.Passagens realmente empolgantes e que
fazem a diferença. Abismo do Orgulho abre o trabalho de uma forma empolgante,
lá pelos 1’19 dando uma paradinha para aquele sutil tempero que falei
anteriormente. Foda!!! Nossa Epidemia arregaça com bateria de Nininho e para
encerrar Aprendiz de Escravo que tem um inicio quase hard para descambar na mais
pura violência aumentada com peso pelo baixo de Alex. Vendo a banda ao vivo,
senti que energia e vontade de espancamento musical a banda tem demais. Então,
que venha um novo trabalho!
G. Burkhardt
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