quinta-feira, 1 de outubro de 2015

        É preciso entender que sempre  existem momentos cíclicos, vindos quase como uma LEPRA corroendo aos poucos nossas convicções, uma NECROSE, trazendo um pouco de desanimo, já que vivemos uma ÉPOCA DE ÓDIO, puro e autentico ódio, intolerância, racial, religiosa... mistificação e idolatria que deveria diminuir pelo aumento da racionalidade, mas que porém,  parece aumentar com os SANTIFICADORES virtuais,  picaretas, com  sinais fakes que se espalham de forma viral tão rápido como o puxar do gatilho de um dedo que aponta acusador para o que é diferente. Como uma lâmina ascendente de um guerreiro BERZERKERS. E mesmo depois de 30 anos de brutalidade musical, ainda nos apontam o dedo, ainda nos fecham portas. Por isso a hora é de lutar, de buscar a RESISTÊNCIA SUBTERRÂNEA, de valorizar e formar exércitos numa confraria em um campo de batalha que já conhecemos bem: os shows! Lá como os antigos guerreiros, levantamos taças, guerreamos em rodas e nos palcos imaginamos a fuga para o abismo. Vi nesse momento a necessidade de criar um escrito único, santificado agora pelos deuses do paganismo, reconhecendo e comentando 05 grandes obras que ainda não haviam sido escritas nesse informativo. Conversei em volta de fogueiras com esses guerreiros. Propus  guerra! Minha arma está agora em suas mãos. Devore as letras como se devorasse o ultimo escrito que ficou no mundo.
    Toda grande guerra é ganha nos subterrâneos, longe dos ensanguentados e confusos campos de batalhas. 
- Manifesto da edição especial do Acclamatur zine impresso para o Festival Resistência Underground Caruaru - 03.10.2015 -
    
      Essa atualização do blog está saindo nas vésperas do Festival Resistência Underground Caruaru. Junto com resenhas de outros trabalhos, as 05 primeiras abaixo são obras atemporais das cinco bandas que estão no cast desse evento. Também tem uma entrevista com a produção do festival. Mas continuamos como sempre propagando também todas as desgraças possíveis inserindo aqui também outras bandas que trazem o caos e a desorganização tão necessária para a contra-cultura. esperamos vocês também, se não fisicamente , mas espiritualmente ou mentalmente (pra quem é materialista) no Evento. 
                                                                       G. Burkhardt






EPOCH OF HATE- AGE OF HATE -PE

       Sem dúvida que não é só no nome da banda e no título da demo que o ódio impera no Death Metal do Epoch of Hate,com as passagens, hora totalmente brutais, daquelas que descambam para pura carnificina, hora com paradas precisas e bases empolgantes e cadenciadas. Essa demo foi lançada em 2002 e felizmente relançada agora com a volta a ativa dessa tradicional horda de Caruaru, Pernambuco.  São quatro aterradoras faixas com total pressão e odiosamente bem tocadas por Hilberto, guitarrista criador de toda a parte  instrumental do trabalho, Iram Fabio Bradock, vocal ultra urrado, as vezes esganiçado e responsável pela sutileza lírica das músicas (com exceção da Showing Hatred, escrita por Hilberto) e na bateria com muita precisão e instinto predatório, Renato mendes. Sowing Hatred soa exatamente como o clima já citado acima: doses cavalares de brutalidade e cadencia na hora certa para dar aquela tensão necessária a toda estética do Metal da Morte. Divine Prision é pura vomitada vocal e sacrifício de tambores. Mas ainda pode vir mais, porque Christian Fanatismo seguida da mais brutal, Age of Hate provaram que essa é uma das mais consistentes bandas propagadoras de ódio que Pernambuco conhece.

                                                     
                                                                                G. Burkhardt
                                                                           



LEPRA- DEMO 2012 -PE

       Grind sem concessões e melhor ainda: das 11 pedradas, 10 são ‘cantadas’ na nossa língua e todas beirando no máximo 1 minuto. Uma arte de capa muito, mas muito foda de Rafael Castro, mostrando um ser humano (ou não) simplesmente se decompondo vivo. Uma imagem quase profética do que a música do Lepra provoca. Tanto musicalmente quanto liricamente é um convite,literalmente, a decomposição de nossos velhos conceitos e pré-conceitos. Violência pura em prol do inconformismo         
     Na época contavam com o vocal de Domingos Spacca, atualmente comandado por Ítalo Ramos (baixo). Também participaram dessa surra Marcelo (bateria) e Amir (guitarra). Grind preciso, coeso e sem embolar jamais o meio de campo. Competência underground é bom e eu gosto.
                                                                       
                                                           G. Burkhardt




BERZERKERS- METAL CRUSHERS - SE

        Thrash Metal na escola alemã é meu ponto fraco. Aquela urgência com uma pegada meio hardcore na bateria e aqueles vocais maliciosos a lá Schimier é fórmula que garante na certa uma admiração da minha vil pessoa. Essa banda de Sergipe cumpre muito, mas muito bem o seu papel nessa demo "Metal Crusher" lançada no ano de 2008. São 10 tijoladas rasteiras , caras arranhadas e cotoveladas típicos de roda. Começa com uma Intro descambando em Idiot Suicide killer e na sequência, Predatory com belos riffs e agudo indefectível para manter o climão de 80. A precisão da banda que gravou esse trampo é perfeita. Vocal muito bom de Lincoln. Guitarras afiadas de Anderson e Georgenes, baixo de Edson e batera com Paulo Victor. 
    E seguem com The Land of Blackness, Thrash Till Death, Fight Begins, Berzerkers, Destroy, Desperaty e Mad Cry Joe (BonusTrack) .
     Thrash ate a morte!
                                                        G. Burkhardt




SANCTIFIER - DAEMOCRAFT - RN

       Dos pesadelos obscuros dos contos de H.P. Lovecraft o Sanctifier extraiu toda a sua inspiração para pensar, compor e gravar essa obra prima do Death Metal brasileiro. Da capa, uma das mais fodas que já vi, culpa de Alcides Burn em parceria com Theresa Dallas, ao título (um jogo de palavras com Demônio e o sobrenome do escritor), tudo foi primorosamente bem executado. Peso variação, melodia na medida certa, nos presenteia com um Death muito bem trabalhado e com uma variação surpreendente dentro do estilo. A faixa título é um exemplo, com um trabalho de guitarra até meio experimental. A maldade quase primitiva nos arrebata e sufoca em Tentacle. Outro detalhe é a entrada da 5ª faixa com o nome Necronomicon urrado compassadamente como em um ritual de adoração a brutalidade prolongando ainda mais o conceito da obra. E um grande tempero do trabalho foi a abertura com a fudidissima Demon Ov Lava e encerrando com um bônus da versão da mesma música, só que primorosamente cantada em português, Demônios de Lava. Foda, muito negro e muito, muito cheio de surpresas sombrias.


                                                         G. Burkhardt




NECROSE - VINGANÇA - PB

        Thrash Metal na sua essência, mas com aquela dose de violência necessária para passar longe de bandas engraçadinhas do estilo. O poder de fogo e de mexer com uma formula tão óbvia e continuar empolgando é o verdadeiro arsenal desse paraibanos de Campina Grande. A demo foi gravada em agosto e dezembro de 2011 e lançada em 2012.O formato gráfico é envelope com uma arte do guitarrista Rodrigo Melo, muito simples e "limpa" ficando com um layout muito bom por ser direto e representar bem o conteúdo musical.        
          Contando com um bom vocal de Petrônio Gomes, guitarras de Rodrigo Melo (que aqui também gravou as 04 cordas) e espancando os tambores, Alisson Wagner, a 1ª faixa, Vingança, já entrega o que vem pela frente em todas as seis faixas. Velocidade, pressa em espancar crânios, um chamado às rodas. Concretizado na segunda música tem o auto-explicativo nome de Moshcínio, com aquele Q de Kreator dos tempos de Pleasure To Kill. Assassino Serial sem dúvida é a que tem no refrão a sequencia de notas mais empolgantes da demo. Outra roda a ser formada. Macula do Caos é a próxima, mas depois, puta que los paris!!! Uma instrumental que não tem solinho, não tem diminuição de ritmo ou passagens viajadas, tem sim mais outra sequencia de notas que traz uma sensação de peso impressionante e com um título perfeito para o clima que fica no ar: Puro Ódio. A última Sangue e Dor fecha com chave de ouro e missão cumprida do Necrose que entende perfeitamente a maneira de capitar e transmitir a veia mais animal do Thrash Metal ! Porra !!!!
                                                  
                                                      G. Burkhardt



ARMA – METAL PUNK ATTACK – SP


      Quando recebi essa demo, me achei na obrigação, obrigação mesmo de resenha-la aqui no Acclamatur. Porque? Porque é foda como tem caras que conseguem fazer tanto com tão pouco. É um dom com certeza, e se não é divino, de Satanás tá valendo também. A banda é projeto do guerreiro NTS Oldskull e as 05 músicas dessa sujeira cumpre exatamente o que o título prega. Uma mescla muito bem sacada de Punk/Metal regada a muito Motörhead (como sempre) fedor de cerveja e jeans mal lavado. Agora de fuder é aquela guitarrinha meio abelhinha de 80, na hora do solo de Metal Punk Attack e em Marche ou Morra, tem uma melodia de arrepiar até os cabelos do c... Que sacada meu amigo! Voltei para aqueles tempos de fúria que só existia de verdade nos anos 80, onde era agente contra o mundo. Caralho não vou falar mais nada. Procurem essa porra, e bote o volume no talo e me diga, seu VELHO, se você não se sente vivo de novo?

                                                                      G. Burkhardt





NECROPOLIS – THE EVIL NEVER DIE- PB

    O que é bom nunca morre, nunca perde a sua essência. Essa afirmação é comprovadíssima ao escutarmos o ep da banda paraibana Necropolis, de volta depois depois de quase 30 anos do lançamento de fuderosa demo Insane Mutilator, que pra nosso deleite e por respeito a historia está inserido como bônus nesse ep. Com uma introdução instrumental de Seeds of Death a banda me coloca no meio de um tufão que me arremessa para os anos 80 com a regravação do hino Legion of The Living Dead, aquela mesma pegada da bateria, apesar de contar agora com meio hardcore, o vocalzão de Oliver Hellfire, baixão de Vladimir (ambos integrantes originais) e os riffs reaquecido com guitarrista, o mais novo dos mortos. E voltam a viajar no tempo com outra regravação, Necrovomit continuando a tempestade e destruição. A quinta faixa é uma versão para a música Histeria de outra instituição do Metal paraibano, a Stomachal Corrosion, que ainda está na ativa com um dos seus fundadores Charlie Curcio preparando uma volta com um tributo onde essa versão do Necropolis deverá estar nele. E por fim, Uma versão apressadíssima de Under the Gillotine do Kreator, uma reverencia para o tempo em que Metal era feito principalmente de raça. E o pedigree do Necropolis é de alta estirpe.


                                                                              G. Burkhardt



ATOMIC BOMB – METAL SELVAGEM- RJ


    O título entrega o clima oitentista da banda, aquela sujeira motörhediana tendência atual, principalmente no Brasil e ainda mais no Rio de Janeiro, onde essa tendência é quase uma febre. Então não tem o que dá errado. Umas passagens bem Thrash como em Speed Metal 666, O Dia da Aniquilação, Livre para Pensar e outras com uma pegada punk como na fudidissima (principalmente o refrão) Jonestown. Letra muito bem feita sobre o assassino em massa, o pastor da morte, Jim Jones que fez quase 1000 pessoas se suicidarem na Guiana francesa. Tema também abordado pelo Manowar em Gayna no Sign of The Hammer. O Power Trio é Marcos Calafaias- Baixo, Rafael Torres – Bateria e Renam Carvalho – Voz e Guitarras. Desenho de capa de Ricardo Chagas e encarte com as letras.Todas as faixas são em português com letras bem sacadas e vocal sujo e nítido, provando mais uma vez que devemos adotar nosso idioma e que se fodam os gringos, vão estudar as línguas do 3º mundo, porra !!!


                                                                  G. Burkhardt

TEMPESTILENCE – SUPREME DENIEL OF GOD- SP

           Eu gostaria de falar agora da maldade humana. Do poder de três criaturas de uma forma tão natural, transmitir essa maldade. Assusta e ao mesmo tempo percebemos o quão perto dela estamos e como podemos concebe-la no seu estado mais “puro’ apenas no intuito de compor música. O Tempestilence conseguiu esse feito de uma forma tão simples e direta com apenas três arautos e mais uma intro que dá nome a demo. Aquele Death Metal escuro veloz como em Maligna e lentão e opressor como em Renaissance in Putrescence, triturador e mais negro ainda como em Grinding Heart. Energia bruta, ira escondida que aflora sem que percebamos, naqueles momentos que a adrenalina vai a mil. Death Metal, meu amigo, como deve ser!. Toscão, produção mediana, talvez por isso mesmo a áurea de escuridão se acentue. 
         Os arautos dessa demo são: Fabio Lupus- Guitarra e Vocal, Francisco Souza – Baixo e Cleirton Ceara- tambores.
                                                      G. Burkhardt

CACHORRO DA DUENÇA – DEGRADAÇÃO HUMANA-PE
       
       É impossível  como artista visual deixar de iniciar o comentário desse cd sem começar pela parte gráfica. A arte da capa e contra capa de Hugo Silva é primorosa retratando um feto aparentemente doente e na contracapa um homem magro e morto. O ciclo da vida que parece que já começou com uma doença. “Duença” dos cachorros. Encarte com todas as letras (que é um ponto forte da banda) em tom sépia que deixou o trabalho estiloso. Projeto gráfico de José Flávio e arte e diagramação de Wendell. E o som? Bom o som é um Grind preciso, bem marcado, caceteado naquela urgência e velocidade tão eminentes no estilo, as letras são de cunho social e principalmente abordando  os problemas da região que onde residem os integrantes da banda, o agreste Pernambucano. Músicas como Trabalho Tirando Pelo em Toritama que fala sobre os desvios sociais causados na região têxtil da cidade mencionada no título. Nazista Nordestino segue a crítica à importação “cultural’ que a região sofre criando até desvios absurdos como grupos nazis em pleno nordeste. São 15 faixas da mais pura violência dirigida para a crítica inteligente e consciente. Vocalzão de Gustavo Madruga, guitarras precisas de Alberto Barbosa, Baixo de Cássio Tores e bateria voraz de Pedro HC.Lançado em 2014 a paulada é direta na nuca, onde a faixa mais longa só chega a 1’43. Urgência é Cachorro da Duença!
         
                                                                      G. Burkhardt

SHITFUN / BIXERA – ANTIMUSICAL CADAVERIC SHIT – SPLIT

          O título já entrega a proposta de ser antimusical, ou seja Grind, grunhidos, violência e muita , mas muita insanidade por parte desse dementes por trás de seus instrumentos. A Shitfun vem de Petrolina – PE e é formado por Marcos Alexandre – Guitarra e Baixo e Glésio Torres na bateria e também vocal. Tem uma exurrada de lançamentos e entre splits, eps, 7’’ e mais uma tranqueira de foramatos de mídias. As músicas praticadas aqui levam nomes femininos, onde cada uma dessas moças são vítimas  de um assassino serial. Daí vocês tiram a criatividade doentia da banda. Um encarte  com as letras seria muito interessante para aumentar meu conhecimento sobre  mentes doentias. O pau come em todas as curtíssimas 14 faixas.

         O Bixera é de São Roque  pratica um splater/gore com uma sensação sombria impressa pela falta de guitarra, onde o baixo distorcido de Salvador traz aquela sensação de opressão. Muitos sons de filmes , morte, tortura e outras doces emoções ilustra nosso imaginário. O vocal “porco de satã” é outra característica do vocal de Dino,a banda as vezes imprime velocida, as vezes desacelera num extase ao pogo pela Bateria de Chicão como em Contaminado por Esgoto. Não queira entender as letras por trás de Banho Sagrado no Rio de Fezes, Atrocidade Canibal , Vaginal Sífilis.A música como qualquer linguagem artística, permite diversas expressões e as duas bandas conseguem fazer exatamente o que sua proposta estética pretende: pertubar fazendo pensar.
                                                                        G. Burkhardt


A idéia de fazer uma edição especial do Acclamatur para ser distribuído no Festival Resistência Underground Caruaru, se deu principalmente quando percebemos o empenho e dedicação do seu mentor Eric Rossini em meio a todas as dificuldades de se produzir eventos undergrounds no Brasil e mais ainda no interior do Nordeste, no caso Caruaru -PE. Lançamos então essa idéia como forma de contribuirmos um pouco também, estimulando e atraindo mais o público cada vez mais escasso nesses eventos. Conversamos com Eric para sabermos mais sobre a Resistência.


A- Como surgiu a idéia de criar o evento Resistência Underground Caruaru?



Eric- Surgiu de uma vontade comum entre amigos, de poder dar mais movimento a "real" cena Underground local (que é feita por tão poucos guerreiros, com tantas dificuldades, tanto aqui como em todo o país), junto á vontade de poder trazer bandas que dificilmente tocariam aqui, talvez por serem menos conhecidas pelo público e produtores, mas muito apreciadas por nós, além da proposta de se ter um evento com uma ideologia forte (coisa da qual venho, a anos, sentindo falta na cena), politizado (não partidário), antifascista/nazista, anti white metal, um evento de contra cultura, "Do It Yoursel", faça você mesmo.

A- Na escolha do cast vemos que a brutalidade impera, porém com bandas com pegadas variadas que vão do Grind, Thrash à Death. Foi uma escolha pensada como produtor ou falou mais alto o lado de fã?

Eric- Diria que pesou mais o lado "produtor" (eu, produtor rsrsrsrs), pois quis atrair um público maior. O Grind, o Black, o Death e o Thrash, os gêneros mais brutais, que mais curto e mais respeito, os mais Undergrounds também, os que, verdadeiramente, representam a proposta do evento. Por isso, juntei esses quatro gêneros extremos, para que juntos, formem uma só força, e atraiam um público maior.

  A- Vemos também a presença de bandas representando vários estados nordestinos, Sergipe, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco.Em sua opinião, apesar dos custos de transporte aumentar consideravelmente, qual a vantagem nessa diversidade estadual?

Eric- As vantagens, além de fazer novos amigos, novas parcerias e de poder ver bandas fodas de vários estados, é abrir as portas daqui para elas e outras bandas (dessas e de outras regiões) tocarem em outros eventos locais e nas proximidades, e a possibilidade de abrir caminho para as bandas daqui tocarem por lá também.

A-  Qual o tamanho da equipe central de produção?
Eric- No início, no mês de Março, que foi quando as idéias sobre um evento foram tomando forma, assim como nome, casting, local, valores, á produção era formada por seis pessoas, fora uma equipe de grandes amigos e parceiros, ajudando com a logística, artes gráficas, captação de patrocínios, etc. Por motivos pessoais, sem brigas ou atritos, ao longo de semanas e meses, das seis pessoas envolvidas de fato na produção, restou eu (Eric Rossini) á frente do projeto, apenas com os custos e responsabilidades, a equipe, em geral, só foi crescendo.

Hoje, sigo apenas completando essa equipe, para no dia, de fato, o evento funcionar bem. Destaco como grandes apoiadores: Guga Burkhardt, que me forneceu as fudidas ilustrações para as camisetas e os flyers; Bruno Oliveira; que foi o mago responsável pela identidade visual do evento, além do suporte em geral que vem dando; Nato (Psych Acid), grande irmão, apoiador e maior captador de fundos para o evento; Allison Wagner (Necrose), pelas demos cedidas e pela confiança depositada no evento; Fábio Bradock (Epoch Of Hate), que me cedeu os materiais para á fabricação e o direito da comercialização da primeira demo de sua banda, um dos poucos casos onde a própria banda patrocina (pra mim foi um grande patrocínio) o evento, isso foi foda, salve guerreiro!

A- Muito válidas todas essas atitudes de união e agradeço a citação a minha pessoa!


A- E quanto aos patrocinadores, como vocês se viraram em termos de apoio e custos?

Eric- Tem sido difícil conseguir grandes patrocínios (apenas ajudas de custo), á fase econômica do país não anda lá essas coisas, e isso se reflete nessa hora, mas a diferença tem sido a logística do evento, pois á meses o evento vem se auto sustentando, com a venda das demos e camisetas. Algumas contas já foram pagas, os apoios, agora, só pra completar os custos com transporte e equipamento de som e luz.

A- Em que tipo de mídia vocês estão divulgando e em quais vocês acham que estão obtendo melhor retorno?

Eric- Estou utilizando, diria, abusando da internet, com suas redes sociais e youtubes da vida, além da velha colagem de cartazes pelas ruas, distribuição de flyers mão á mão e o velho boca á boca (ambos em eventos do meio). Ambas têm dado retorno, mas, pelo maior alcance, a internet tem sido um meio de suma importância para o evento.
A- A pretensão é que seja um evento periódico?

Eric- Dependendo do sucesso desse primeiro, sim. Não que o retorno financeiro seja a proposta desse evento, jamais, eu ando investindo nele desde o começo, e pouco me importo se vou reverter isso, me importa que esse seja um sucesso, para que sim, no próximo ano, tenha outro, e dessa vez, sem precisar correr tanto atrás de patrocínios, tornar de fato, o evento auto-sustentável e com muitas edições por vir.

A- Obrigado também pelo bate-papo e deixe aqui as suas considerações:

Eric- Tem sido uma experiência fantástica, de fato, ser uma pessoa ativa na cena, que não fica apenas falando besteiras ou pondo defeito em tudo. Fazer esse evento tem sido meu projeto do ano, estou 666% dedicado á ele, e ter o reconhecimento do meio também é algo incrível, será uma honra produzir esse evento para essas bandas fodas, que tanto vem me apoiando desde cedo e para esse público, que, pode ter certeza, terá um evento foda para ir dia 3 outubro, verdadeiramente Underground! Agradeço tb ao brother Robson Dionísio da Toxic Carnage, que mesmo não fazendo parte do evento, me cedeu materiais de sua banda para divulgação e comercialização, me patrocinado á sua maneira, valeu meu irmão, você foi foda. Aos meus grandes irmãos Thomas e Ewertom, pelo suporte, força e dedicação á esse evento, obrigado seus putos, vocês são fodas!

Obrigado o apoio de todos, os que não  apoiaram, convido para irem no dia e ver o que é  um evento Underground de verdade.     





                                                                                                                                                                                  
 DxLxM – FÚRIA INFINITA- DEMO - RS


         Crust, e mais crust no juízo com aquela leveza lírica comum ao estilo começando o EP com o singelo título de Playboy Cuzão,com a pegada empolgante simplesmente punk que é caracteristica obrigatória. A próxima, Zumbis, passa longe do terror gratuíto e é sim uma crítica social, com um refrão do caralho, lentão, aos berros de “zumbi do brasil... Hell Pass continua a saga com um guitarra suja na medida certa e a banda segue rápida em Rotina de Merda, a última. 
       Uma boa gravação , uma capa com uma ilustração fodastica  do artista Fernado JFI da Anti Arte .O significado do nome da banda já entrega a tendência a podreira:Deposito de Lixo Municipal. A banda é:Eduardo – Vocal & Guitarra, Gilvan – Baixo , Xane– Bateria. Procurem tudo aqui vale a pena.

                                                                         G. Burkhardt




ATRITO URBANO – APRENDIZ DE ESCRAVO – DEMO- RN

        Mais um produto crossover vindo de Natal, assim como a banda Ação Libertária já comentada aqui no Acclamatur, a linha tênue entre o crossover e o puro Thrash Metal é definida pelo vocal mais hardcorizado de Diego. O que me chamou logo a atenção da banda quando vieram tocar  vivo aqui esse ano , foram os riffs iradíssimos de Kley, uma pegada Thrash com um sutil molho das antigas.Passagens realmente empolgantes e que fazem a diferença. Abismo do Orgulho abre o trabalho de uma forma empolgante, lá pelos 1’19 dando uma paradinha para aquele sutil tempero que falei anteriormente. Foda!!! Nossa Epidemia arregaça com bateria de Nininho e para encerrar Aprendiz de Escravo que tem um inicio quase hard para descambar na mais pura violência aumentada com peso pelo baixo de Alex. Vendo a banda ao vivo, senti que energia e vontade de espancamento musical a banda tem demais. Então, que venha um novo trabalho!
                                               
                                                        G. Burkhardt



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